O Espírito Santo está celebrando um marco histórico nas exportações de café para a União Europeia, com um aumento impressionante de 150% em 2024 em relação ao ano anterior. Esse crescimento coloca o estado no centro do mapa do café global, destacando a qualidade do café capixaba e fatores de mercado favoráveis.
Um dos exemplos de sucesso por trás desse crescimento é a história de Camila Vivacqua, produtora e proprietária das marcas de Café Especial Chiara e Café Tradicional Marapé. Localizada em Brejetuba, conhecida como a Capital Estadual do café Arábica, a fazenda centenária de Camila é um reflexo da paixão pela cafeicultura que passou de mãe para filha.

“Minha mãe, Andrea Vivacqua, sempre trabalhou com café, mas não víamos o reconhecimento que ela merecia”, conta Camila. “Foi então que decidi estudar sobre cafés especiais e pós-colheita para entender como valorizar o produto dela”, disse. Apesar dos desafios, como adequação de embalagens e certificações para exportação, Camila persistiu e está expandindo seus negócios para a Europa e EUA.
Fatores que impulsionaram o crescimento
O aumento nas exportações é resultado de uma combinação de fatores internos e externos. Além disso, internamente, o investimento em tecnologia e a qualidade crescente do café capixaba foram fundamentais. Externamente, a quebra de safra no Vietnã, conflitos internacionais e a demanda por café sustentável contribuíram para impulsionar as exportações.
“Esse desenvolvimento não acontece por acaso. O Governo do Estado tem sido um parceiro fundamental nesse processo, com iniciativas como o Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cafeicultura do Espírito Santo”, destacou o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.
Projetos e infraestrutura
O Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cafeicultura tem sido crucial para preparar os produtores para atender às exigências do mercado europeu, que valoriza a sustentabilidade e a rastreabilidade dos produtos. Além disso, Camila Vivacqua planeja transformar sua fazenda em um destino de agroturismo. Oferecendo aos visitantes a oportunidade de conhecer o processo de produção do café.
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