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Conheça o monstro-de-gila e sua ligação com o Ozempic

Henrique RodartePor Henrique Rodarte19/02/2025
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Reprodução: Internet
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O monstro-de-gila (Heloderma suspectum), um lagarto venenoso que habita os áridos desertos do sudoeste dos Estados Unidos e do México, é muito mais do que uma curiosidade da fauna. Este réptil, conhecido por suas cores vibrantes e mordida dolorosa, guarda em sua saliva a chave para um dos medicamentos mais inovadores e comentados da atualidade: o Ozempic, e sua variação para tratamento de obesidade, o Wegovy. A saga que liga este lagarto ao tratamento de diabetes tipo 2 e à busca por soluções contra a obesidade é uma prova fascinante do potencial inexplorado da natureza e da engenhosidade da ciência.

A história começa na década de 1990, quando pesquisadores se debruçaram sobre a composição da saliva do monstro-de-gila. O interesse não era aleatório: animais peçonhentos frequentemente possuem substâncias com propriedades biológicas únicas, desenvolvidas ao longo de milhões de anos de evolução para imobilizar presas ou se defender de predadores. A análise revelou a presença de exendina-4, um peptídeo com uma estrutura surpreendentemente similar ao hormônio GLP-1 (Glucagon-Like Peptide-1), produzido naturalmente no intestino humano em resposta à ingestão de alimentos.

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Reprodução: Instituto Butantan
Reprodução: Internet
Reprodução: Internet
Reprodução: Internet

O GLP-1 desempenha um papel fundamental na regulação dos níveis de glicose no sangue. Ele estimula a liberação de insulina pelo pâncreas quando a glicemia está elevada. Além disso, inibe a secreção de glucagon (hormônio que eleva a glicose) e retarda o esvaziamento gástrico, contribuindo para a sensação de saciedade. Em pacientes com diabetes tipo 2, a produção ou a ação do GLP-1 estão comprometidas, levando a dificuldades no controle da glicemia.

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Desafios e inovação: da exendina-4 à semaglutida

A exendina-4 presente na saliva do monstro-de-gila apresentava um potencial terapêutico inegável, mimetizando os efeitos benéficos do GLP-1. No entanto, havia um obstáculo crucial: a substância era rapidamente degradada no organismo humano, limitando sua eficácia como medicamento.

Para superar essa limitação, cientistas se dedicaram a modificar a estrutura da exendina-4, buscando criar uma versão mais estável e de ação prolongada. O resultado desse esforço foi a semaglutida, um análogo do GLP-1 que mantém a eficácia da exendina-4, mas com uma duração significativamente maior no organismo.

Ozempic e Wegovy: um novo capítulo no tratamento de doenças metabólicas

A semaglutida se tornou a base de dois medicamentos revolucionários. O Ozempic, inicialmente aprovado para o tratamento de diabetes tipo 2, e Wegovy, desenvolvido especificamente para o tratamento da obesidade. Ambos os medicamentos demonstraram resultados notáveis em ensaios clínicos, auxiliando pacientes a controlar a glicemia, perder peso e reduzir o risco de complicações associadas a doenças metabólicas.

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A história do monstro-de-gila e do Ozempic é um exemplo poderoso de como a pesquisa científica, a inovação tecnológica e a curiosidade sobre o mundo natural podem convergir para gerar avanços significativos na medicina. A descoberta da exendina-4 e o desenvolvimento da semaglutida não apenas transformaram o tratamento de diabetes e obesidade. Mas também abriram novas portas para a exploração do potencial terapêutico de outras substâncias presentes na natureza.

Implicações e considerações futuras

O sucesso do Ozempic e do Wegovy também levanta questões importantes sobre o acesso a medicamentos inovadores. Assim como a utilização responsável dessas terapias e o impacto sobre a saúde pública. A demanda crescente por esses medicamentos exige uma análise cuidadosa de seus benefícios e riscos, bem como a garantia de que sejam prescritos e utilizados de forma adequada, sob orientação médica.

Além disso, a história do monstro-de-gila ressalta a importância da conservação da biodiversidade. A preservação de espécies como este lagarto não é apenas uma questão ética. Mas também uma necessidade para garantir que futuras gerações possam se beneficiar das descobertas que a natureza ainda tem a oferecer. O monstro-de-gila, outrora visto apenas como uma criatura curiosa do deserto, agora representa um símbolo da esperança e do potencial transformador da ciência e da natureza.

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Um dos poucos jornalistas tímidos do mundo, evita aparecer pois sabe que a notícia é sempre mais importante. Trabalhando com jornalismo durante mais de vinte anos, em todas as editorias, já viajou o mundo cobrindo o agronegócio (e o entretenimento). Acredito que a sustentabilidade e o agro andam juntos, e que somos um exemplo para o mundo, além de celeiro da humanidade.

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