A Embrapa apresentou a cultivar BRS A709 durante a 35ª Abertura da Colheita do Arroz. O evento aconteceu na Estação Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão (RS), com a presença dos chefes-gerais Waldyr Stumpf Júnior, da Embrapa Clima Temperado, e Elcio Guimarães, da Embrapa Arroz e Feijão. A equipe de melhoramento genético da instituição também participou.
A programação começou com uma apresentação do pesquisador José Colombari Filho, coordenador do programa de melhoramento genético de arroz. Em geral, ele destacou as características agronômicas e o potencial de mercado da cultivar. Em resumo, a BRS A709 será recomendada para a Região Subtropical do Cultivo, abrangendo, além dos estados do Sul, também Goiás, Tocantins, Maranhão e Roraima.
Crescimento do mercado de arroz no Brasil
O lançamento da BRS A709 ocorre em um momento positivo para a cultura do arroz irrigado no Brasil. Ou seja, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a área cultivada aumentou 5% na safra 2023/24. Além disso, para esta temporada, a expansão deve atingir 11,1%, elevando a produção para 12,1 milhões de toneladas.
Com maior oferta interna e demanda crescente no mercado internacional, as exportações podem chegar a dois milhões de toneladas, impulsionadas pela valorização dos preços. Esse cenário favorece a adoção de cultivares mais produtivas e resistentes, como a BRS A709.
Principais características da BRS A709
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A nova cultivar se destaca pela alta produtividade, com potencial de 16.100 kg por hectare. O rendimento médio de grãos inteiros é de 69%, garantindo qualidade industrial e culinária premium. Além disso, apresenta ciclo médio de 127 dias e tolerância ao acamamento.
A resistência a doenças também é um diferencial. A BRS A709 é moderadamente resistente à brusone nas panículas e folhas, além de manchas de grãos e manchas pardas. Essa robustez contribui para a segurança do produtor e reduz a necessidade de defensivos agrícolas.
Com ampla adaptação às principais áreas produtoras do país, a nova cultivar fortalece o portfólio de arroz irrigado da Embrapa. A tecnologia embarcada na BRS A709 oferece aos produtores uma alternativa eficiente para minimizar impactos de doenças e aumentar a produtividade.
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