O Brasil exportou US$ 15,03 bilhões em produtos do agronegócio em abril de 2025, registrando crescimento de 0,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior. O resultado reflete a combinação de preços internacionais mais elevados e uma leve retração no volume embarcado, consolidando o país como potência global nas exportações do setor.
O desempenho do mês ganhou impulso com a valorização de produtos como café e celulose. A soja em grãos, principal item da pauta exportadora, manteve forte volume exportado, com 15,27 milhões de toneladas, o segundo maior da série histórica para abril. No entanto, a receita da soja ficou em US$ 5,9 bilhões, impactada pela queda de 9,7% no preço médio da tonelada. Apesar do recuo da soja em valor, o café verde se destacou e alcançou US$ 1,25 bilhão. Esse é o maior valor já registrado para o mês, impulsionado pela valorização do grão no mercado internacional.
Principal destino das exportações continua sendo a China
A China permaneceu como principal destino das exportações do agronegócio brasileiro, respondendo por US$ 5,5 bilhões em compras no mês. Mais de 75% desse valor é proveniente da soja em grãos. A União Europeia aparece em segundo lugar, com US$ 2,2 bilhões, mantendo crescimento estável e ampliando as compras de produtos com maior valor agregado, como café solúvel, óleo essencial de laranja e carne de frango.
Produtos menos tradicionais também bateram recordes históricos, resultado direto da estratégia de diversificação de mercados adotada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O óleo de milho atingiu US$ 55,3 milhões em exportações, maior valor já registrado. A madeira compensada (contraplacada) alcançou o maior volume embarcado em abril, com 145,5 mil toneladas. As miudezas de carne bovina, exportadas para mercados asiáticos e recentemente habilitadas para o Marrocos, somaram 21,3 mil toneladas. O sebo bovino atingiu 35,6 mil toneladas exportadas. E os bovinos vivos, destinados principalmente à reprodução, registraram valor recorde de US$ 61,8 milhões. A Turquia segue como principal destino, evidenciando o alto valor genético do gado brasileiro.
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