O feijão carioca de melhor qualidade está com preços firmes no mercado. A oferta restrita sustenta essa valorização, segundo o Cepea.
Os lotes com notas entre 9 e 10 superaram a média registrada entre setembro de 2024 e maio de 2025. A alta ocorre em diversas regiões acompanhadas pelo Centro de Pesquisas.
Por outro lado, o feijão de qualidade comercial, com notas entre 8 e 8,5, enfrenta cenário oposto. O excesso de grãos disponíveis pressiona as cotações para baixo. Segundo o Cepea, ainda circulam no mercado lotes da safra anterior, o que impede a recuperação dos preços.
Na última semana, o foco esteve no escoamento de estoques. As negociações ocorreram de forma pontual, com compras limitadas ao abastecimento do varejo. O mercado opera em ritmo cauteloso, típico da transição entre safras. Compradores evitam grandes aquisições, enquanto produtores resistem a propostas com valores mais baixos.
Mandioca tem queda de preço pela terceira semana seguida
Mesmo com as chuvas, produtores de mandioca seguiram vendendo para garantir capital. A maioria busca recursos para plantar a safra 2025/26. Além disso, muitos agricultores intensificaram a colheita para liberar áreas de cultivo. Essa movimentação elevou a oferta de raiz nas principais regiões acompanhadas pelo Cepea.
Com mais mandioca no mercado, os preços caíram pela terceira semana consecutiva. Entre 2 e 6 de junho, a tonelada posta fecularia teve média nominal de R$ 537,88. O valor representa queda de 0,55% em relação à semana anterior. Ainda assim, o preço atual supera em 18,8% o do mesmo período de 2024, em termos reais.
A comparação considera o IGP-DI como deflator, segundo dados do Cepea.
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