O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu ministros nesta sexta-feira, 24 de janeiro, para debater medidas que reduzam os preços dos alimentos. Primeiramente, entre as soluções avaliadas, está a redução da alíquota de importação de produtos com preços internos mais elevados que os praticados no mercado internacional.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, destacou o compromisso do governo em garantir alimentos a preços justos. “Os produtos com preços internos acima dos internacionais terão alíquotas reduzidas. Essa ação forçará os valores a se alinharem ao mercado externo”, afirmou.
Segundo Rui Costa, não haverá medidas intervencionistas ou heterodoxas, como congelamento ou tabelamento de preços. Além disso, ele reafirmou que o governo não criará redes estatais de supermercados ou lojas para venda de alimentos. “Isso sequer foi cogitado em reunião alguma”, enfatizou.
Supersafra deve aliviar preços dos alimentos em 2025
Em resumo, o governo espera que o aumento da produção agrícola contribua para a redução dos preços dos alimentos. Rui Costa projetou impactos positivos da supersafra deste ano. “Com maior oferta, os preços tendem a cair, seguindo as leis do mercado”, explicou.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, ressaltou a importância de um novo Plano Safra voltado à produção de alimentos básicos. “O presidente determinou o foco em produtos que compõem a mesa da população. Vamos trabalhar para aumentar a oferta e estabilizar os preços”, afirmou.
Foco na cesta básica
O governo vai priorizar medidas para estimular a produção de itens da cesta básica. Rui Costa anunciou diálogos com produtores e redes de supermercados para discutir soluções conjuntas. “Queremos apoiar o mercado com medidas institucionais e estímulos que impactem diretamente os preços”, disse.
Por outro lado, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, reforçou a importância do crédito acessível para os pequenos e médios agricultores. “Diminuímos juros e aumentamos os subsídios nos Planos Safras. Nossa meta é que os alimentos cheguem mais baratos à mesa do brasileiro”, pontuou.
Impacto das commodities e do dólar
Rui Costa destacou o peso do preço das commodities e da cotação do dólar na formação dos valores dos alimentos. Além disso, ele comemorou a evolução do Brasil como exportador de alimentos processados. “Nos tornamos um verdadeiro supermercado do mundo, o que gera empregos e fortalece nossa economia”, afirmou.
Em geral, os dados recentes da balança comercial confirmam o crescimento das exportações brasileiras de alimentos processados.
Participação estratégica
A reunião contou com a presença dos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária), Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar). Também participaram representantes de órgãos como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Ministério da Indústria e Comércio.
As iniciativas discutidas reforçam o compromisso do governo com a segurança alimentar e a estabilidade econômica.
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