Um pescador no Amazonas recentemente capturou a atenção da mídia ao flagrar um jacaré gigante enquanto navegava pelo rio. O vídeo, que rapidamente se espalhou nas redes sociais, mostra o impressionante animal, que pertence à espécie jacaré-açu, conhecida por seu tamanho colossal e presença marcante na região amazônica.
Características do jacaré-açu
Os jacarés são uma parte icônica da fauna do Rio Amazonas, com a espécie mais conhecida sendo o jacaré-açu (Melanosuchus niger). Este predador de grande porte é amplamente distribuído pela região amazônica e pode ser encontrado em diversos habitats, incluindo grandes rios, lagos marginais e áreas de inundação sazonal.
O jacaré-açu é um dos maiores crocodilianos do mundo, podendo atingir até cinco metros de comprimento e pesar cerca de meia tonelada. Esses animais são predadores de topo na cadeia alimentar, alimentando-se principalmente de peixes, tartarugas, capivaras e até mesmo mamíferos maiores, como veados. Sua dieta variada e habilidades de caça fazem deles um componente essencial do ecossistema local.
Comportamento e habitat
Embora os jacarés-açus sejam geralmente considerados solitários, durante períodos de seca, como o que o Amazonas enfrenta atualmente, eles podem ser vistos aglomerados em bancos de areia. Esse fenômeno ocorre devido à diminuição dos corpos d’água disponíveis, forçando os animais a se reunirem em áreas limitadas. Recentemente, vídeos compartilhados por pescadores mostraram grandes grupos desses jacarés em locais como o Lago do Rei, perto de Careiro da Várzea, em Manaus.
Ildean Fernandes, biólogo especialista em crocodilianos amazônicos, explica que esse comportamento é atípico para a espécie, que normalmente é territorialista. No entanto, a escassez de água e alimento pode levar os jacarés a se reunirem temporariamente.
Apesar de sua população ser considerada estável e em baixo risco de extinção no Brasil, os jacarés-açus enfrentam diversas ameaças devido à ação humana. A construção de represas, o desmatamento e a caça ilegal impactam seus habitats naturais. Além disso, a exploração comercial da carne de jacaré ainda persiste na região amazônica, contribuindo para a pressão sobre as populações locais.
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