Para celebrar o Mês da Mulher, a trajetória de Cátia Santos, jovem extrativista da Amazônia, ganha destaque com sua aprovação no disputado Mestrado Profissional em Sustentabilidade junto a Povos e Territórios Tradicionais (MESPT), da Universidade de Brasília (UnB). A conquista de Cátia, coordenadora de comunicação digital do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), reforça a importância do acesso à educação de qualidade para as comunidades tradicionais da Amazônia e impulsiona a luta por seus direitos.

Nascida na Reserva Extrativista (RESEX) Chico Mendes, no Acre, Cátia cresceu inspirada pelo legado de Chico Mendes. E também pela luta dos seringueiros em defesa da Floresta Amazônica. “Tenho orgulho de ser extrativista”, afirma Cátia, ressaltando a importância de dar continuidade a esse legado.
Desafios
Apesar de sua dedicação à causa extrativista, Cátia enfrentou desafios no acesso à educação, precisando deixar seu território para concluir os ensinos Fundamental e Médio. A oferta insuficiente de vagas e colégios e a infraestrutura precária são dificuldades enfrentadas pelos jovens. Além disso, a internet limitada e o conteúdo programático não adaptado são obstáculos que dificultam o acesso à educação de qualidade para os jovens das RESEXs amazônicas.
“A luta por uma educação de qualidade é essencial para garantir dignidade e igualdade para nossa população”, enfatiza Cátia. A jovem extrativista defende a valorização da educação e a necessidade de inseri-la dentro das comunidades.
A aprovação de Cátia no mestrado representa um novo tempo para a luta extrativista. Cátia espera que a sua conquista inspire outros jovens da região. O conhecimento adquirido no mestrado será uma ferramenta para fortalecer o movimento extrativista. Além de ampliar a participação da juventude na luta por direitos e buscar soluções mais justas para a realidade das comunidades tradicionais.
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