Em um projeto inovador, a Natura, em parceria com a startup Bioverse e comunidades amazônicas, realizou o maior inventário florestal já feito por sobrevoo de drones no Brasil. O estudo, que mapeou 60 mil hectares de floresta no Pará, é um marco na utilização de tecnologia para conservação e desenvolvimento sustentável na Amazônia.
A iniciativa, que contou com a participação de cerca de 70 famílias das comunidades dos municípios de Abaetetuba e Irituia, coletou dados em apenas seis meses, um processo que levaria décadas por métodos convencionais. O objetivo é ampliar as cadeias produtivas da Natura na região, além de coletar informações cruciais para projetos de conservação e recuperação florestal, como mensuração de estoques de carbono e saúde das espécies.
Tecnologia
A tecnologia desenvolvida pela Bioverse combina drones nacionais com inteligência artificial treinada para reconhecer espécies amazônicas, oferecendo resolução superior à de imagens de satélites comerciais. Além disso, a plataforma permite que as comunidades locais acessem diretamente os dados coletados, facilitando o planejamento da produção agroflorestal e o gerenciamento das áreas produtivas.
“Projetos como esse promovem um impacto ambiental, mas também social. Capacitando as comunidades locais com inovação e tecnologia para um uso sustentável dos recursos da Amazônia”, afirma Rômulo Zamberlan, diretor de pesquisa avançada da Natura.
Contribuição para a bioeconomia
Desde o lançamento da linha Natura Ekos, em 2000, a empresa estabeleceu um modelo de negócio baseado na bioeconomia na Amazônia. ADsenvolvendo 44 bioingredientes e envolvendo mais de 10 mil famílias agroextrativistas. A meta é expandir para 49 bioingredientes nos próximos dois anos e conservar 3 milhões de hectares de floresta até 2030.
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