Foto: divulgação - Embrapa / Sebastião Araújo

O mercado de feijão manteve ritmo lento na última semana, e os preços seguiram em queda. Segundo o Cepea, a retração dos compradores e a oferta de lotes com umidade fora do padrão industrial pressionaram as cotações.

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Os pesquisadores destacam que o feijão classificado como “extra”, com peneira 12 acima de 90%, é escasso e valorizado. Muitos produtores que ainda têm esse grão só vendem quando precisam fazer caixa. Já os mais capitalizados preferem armazenar o produto à espera de melhores oportunidades.

No campo, o avanço da semeadura da safra 2025/26 alcança 21,1% da área estimada para o primeiro ciclo, conforme dados da Conab do dia 11. No Sul, as chuvas têm atrasado as atividades. Em São Paulo, a semeadura terminou há semanas, e os produtores se preparam para iniciar a colheita no fim de outubro. Grande parte das lavouras paulistas é irrigada, o que permite uma colheita mais adiantada em relação a outras regiões.

A Conab estima que a produção brasileira de feijão em 2025/26 deve atingir 3,04 milhões de toneladas, 1% abaixo da safra anterior. A queda reflete a redução de 0,4% na área plantada, para 2,68 milhões de hectares, e a leve baixa de 0,5% na produtividade, agora em 1.134 kg por hectare.

A oferta segue desigual entre os tipos de feijão. O feijão-carioca, o preto e o caupi apresentam dinâmicas distintas de mercado, influenciadas pela demanda regional e pela qualidade dos lotes disponíveis.

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