As negociações de soja começaram dezembro em ritmo lento, segundo levantamento do Cepea. O movimento ocorre porque compradores e vendedores mantêm grande disparidade entre preços ofertados e pedidos.

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Boa parte dos consumidores está abastecida e espera queda nas cotações, o que reduz o interesse no spot. Ao mesmo tempo, produtores permanecem capitalizados e evitam ofertar novos lotes, enquanto priorizam as atividades de campo.

Os sojicultores seguem preocupados com possíveis perdas de produtividade. Essa preocupação cresce em regiões que enfrentam déficit hídrico. Colaboradores consultados pelo Cepea avaliam que a safra 2025/26 dificilmente alcançará as 177 milhões de toneladas previstas pela Conab.

Milho: interesse comprador e retração vendedora elevam preços

Os preços do milho subiram no mercado interno na última semana, aponta o Cepea. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa, em Campinas (SP), se aproxima de R$ 70 por saca de 60 quilos, patamar nominal visto pela última vez em maio de 2025.

O avanço ocorre porque o maior interesse comprador se soma à retração vendedora. Produtores focam a semeadura e monitoram o desenvolvimento das lavouras. Em algumas regiões, agricultores demonstram preocupação com o clima quente. Em outras, ainda avaliam efeitos das chuvas de meados de novembro.

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Nesse cenário, agentes limitam a oferta de lotes no spot e aguardam novas valorizações. Do lado da demanda, compradores tentam recompor estoques para o fim do ano e o início do próximo. No entanto, enfrentam preços mais altos pedidos pelos vendedores.

Alguns compradores evitam o spot e aguardam possíveis quedas nas cotações. Eles se baseiam na proximidade da colheita da safra verão, que deve liberar armazéns e gerar necessidade de caixa, além do maior excedente interno e das exportações abaixo do esperado.