Resumo da notícia
- Os preços da soja subiram na última semana devido à retração dos produtores nas negociações e à maior demanda externa, impulsionada pelas novas tarifas dos EUA à China que favorecem as exportações brasileiras.
- A valorização do dólar frente ao real aumentou a competitividade da soja brasileira no mercado internacional, beneficiando o produto nacional em comparação ao norte-americano.
- Apesar da alta local, as cotações futuras da soja nos Estados Unidos sofreram pressão, o que limitou parte dos ganhos observados no mercado doméstico brasileiro.
- A Conab projeta aumento de 3,6% na área cultivada de soja para a safra 2025/26, com produção recorde prevista de 177,6 milhões de toneladas, reforçando a liderança do Brasil na oferta global da oleaginosa.
Os preços da soja subiram na última semana, segundo levantamento do Cepea. A alta reflete a retração dos produtores nas negociações.
Com o dólar valorizado frente ao real, o produto brasileiro ganhou competitividade no mercado internacional. Essa condição favorece o grão nacional em relação ao norte-americano.
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Além disso, a maior demanda externa reforçou o movimento de alta. As novas tarifas impostas pelos Estados Unidos à China, que entram em vigor em novembro, devem ampliar as exportações brasileiras ao país asiático.
Os pesquisadores do Cepea explicam, porém, que esse cenário pressionou as cotações futuras da soja nos Estados Unidos. As desvalorizações externas limitaram parte dos ganhos observados no mercado doméstico.
Safra 2025/26
Quanto à safra 2025/26, a Conab projeta aumento de 3,6% na área cultivada, totalizando 49,07 milhões de hectares. O avanço ocorre, principalmente, pela substituição de áreas de arroz por soja.
A produção brasileira deve atingir o recorde de 177,6 milhões de toneladas, consolidando o país como líder global na oferta da oleaginosa.