Resumo da notícia
- O agronegócio brasileiro cresceu 11,6% até o terceiro trimestre de 2025, superando amplamente os setores de indústria e serviços, e se consolidando como motor da economia nacional.
- No terceiro trimestre, a produção de milho cresceu 23,5%, seguida por laranja (13,5%), algodão (10,6%) e trigo (4,5%), enquanto a cana-de-açúcar teve retração de 1,0%.
- O ministro Carlos Fávaro destaca que o crescimento do setor é resultado das políticas públicas, acesso ao crédito e abertura de mercados, fortalecendo a competitividade do produtor brasileiro.
O agronegócio brasileiro consolida sua posição como motor da economia nacional. O setor registrou crescimento de 11,6% no acumulado até o terceiro trimestre de 2025, segundo dados que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (4). O desempenho supera amplamente outros setores da economia.
A economia brasileira expandiu 2,4% no acumulado do ano até setembro, comparado ao mesmo período de 2024. O resultado demonstra como a agropecuária lidera o crescimento nacional. A indústria avançou 1,7%, enquanto o setor de serviços registrou alta de 1,8% no período.
Commodities agrícolas garantem expansão no terceiro trimestre
O terceiro trimestre trouxe números expressivos para o agronegócio. O setor cresceu 10,1% na comparação com o mesmo período de 2024. O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), que o IBGE publicou em novembro, revela os principais responsáveis pelo desempenho:
- Milho lidera com alta de 23,5% na produção
- Laranja registra crescimento de 13,5%
- Algodão avança 10,6%
- Trigo apresenta expansão de 4,5%
A pecuária também contribuiu positivamente para os resultados. Apenas a cana-de-açúcar registrou retração, com queda de 1,0% no período.
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Política agrícola fortalece competitividade do produtor
Carlos Fávaro, ministro da Agricultura e Pecuária, atribui os resultados ao fortalecimento das políticas públicas para o setor. “O desempenho do agro mostra a força do produtor brasileiro, que segue inovando e ampliando a produção com sustentabilidade. Esse crescimento é resultado direto do acesso ao crédito e da abertura de mercados, que garantem mais competitividade ao nosso país”, destacou o ministro.

O crescimento do agronegócio gera efeitos positivos em cadeia. Claudia Dionísio, analista das Contas Trimestrais do IBGE, explica que “o grande escoamento de produção de commodities, decorrente do bom desempenho da Extrativa Mineral e da Agropecuária, contribuiu positivamente para a atividade de Transporte, armazenagem e correio”.
No acumulado dos quatro trimestres encerrados em setembro de 2025, a agropecuária cresceu 9,6%. A economia brasileira como um todo avançou 2,7% no período, impulsionada pelo Valor Adicionado a preços básicos (2,7%) e pelos impostos sobre produtos líquidos de subsídios (2,9%).