Resumo da notícia
- Teresina completa 173 anos com forte crescimento empresarial, tendo dobrado o número de empresas ativas na última década, passando de 46 mil para mais de 94 mil estabelecimentos.
- A tradição gastronômica é destaque, com locais como o Mercado do Mafuá e a Casa da Panelada mantendo receitas artesanais e atraindo consumidores desde cedo.
- Empreendedores locais inovam com produtos culturais e sustentáveis, como artesanato eco-friendly e linhas de produtos com identidade piauiense para turistas e moradores.
- O Sebrae aponta que a pandemia impulsionou a formalização dos negócios, estimulando o potencial empreendedor na capital do Piauí.
Resumo gerado pela redação.
A capital do Piauí celebra 173 anos neste 16 de agosto. Teresina une tradição gastronômica e crescimento empresarial em um cenário que impressiona. A cidade dobrou o número de empresas ativas na última década, saltando de 46 mil para mais de 94 mil estabelecimentos.
Pontos gastronômicos tradicionais mantêm viva a cultura local. No Mercado do Mafuá, o bolo frito conquista filas desde a madrugada. Jonnys Teixeira trabalha no local há mais de 30 anos. Vende 120 unidades durante a semana e 400 nos fins de semana.
“No sábado e domingo chego aqui às 2h da manhã e já tem gente esperando”, conta Teixeira. Clientes saem das festas e procuram caldos e bolo frito na madrugada.
Desde 1957, o Suco do Abrahão oferece 27 sabores de sucos naturais. Carlean Alves Lima herdou o negócio do pai. O estabelecimento serve desde opções tradicionais até variedades menos comuns como jaca e pequi.
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A Casa do Beiju opera há três décadas na zona leste. Antônio Silva Santos produz 150 a 200 unidades diárias através de processo artesanal. “Começou com meu pai, agricultor. Surgiu da farinhada tradicional do interior”, relembra Santos.
Panelada e novos negócios fortalecem economia
A chef Gardênia Mesquita comanda a Casa da Panelada com ingredientes de produtores locais. O cardápio inclui sarapatel, buchada de carneiro e tripinha frita no coco babaçu. “Tudo que servimos é cultural e artesanal”, destaca Mesquita.

O empreendedorismo criativo também ganha força. Dalvisangela Carvalho migrou de Chapadinha (MA) para desenvolver artesanato sustentável. Suas peças de eco-craft reutilizam garrafas de cajuína e alcançam mercados nacionais e internacionais.
A Casa do Queijo, fundada na década de 1970, exemplifica a reinvenção empresarial. José Luiz mantém o negócio familiar ampliando produtos. “Hoje temos cachaças, licores e linguiça caseira”, informa José Luiz.
Produtos locais despertam vínculos afetivos. Solene Costa, teresinense que vive em Fortaleza há 15 anos, sempre retorna buscando sabores únicos. “Eu acho os produtos do Piauí melhores, como a cajuína e o doce de buriti”, afirma Costa.
A dupla Ítalo e Marcelo criou linha de produtos com identidade piauiense. Estampas celebram símbolos locais conquistando turistas e moradores. “Queremos levar um pedacinho de Teresina para o mundo”, declara Ítalo.
Izabela Muller, do Sebrae, explica o crescimento empresarial. A pandemia estimulou a formalização de negócios. “Pessoas apostaram no próprio potencial empreendedor”, analisa Muller.
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