Fotos: Wenderson Araujo/Trilux/Sistema CNA/Senar

A Confederação Brasileira de Apicultura (CBA) se reuniu com o governo federal em Brasília. O encontro contou com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e sua equipe. A pauta central foi a taxação imposta pelos Estados Unidos ao mel brasileiro. Em geral, a medida ameaça diretamente apicultores e meliponicultores, que dependem fortemente das exportações para os norte-americanos.

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Impacto na agricultura familiar

A CBA representa cerca de 500 mil criadores de abelhas. A maioria pertence à agricultura familiar e integra cooperativas e associações. A reunião foi articulada pela Federação Mineira de Apicultura (FEMAP) com apoio de parlamentares de Minas Gerais e Santa Catarina. Também participaram representantes da Codevasf.

O setor defende medidas urgentes. Entre as propostas estão campanhas de incentivo ao consumo interno e abertura de novas linhas de crédito. A estratégia imediata é redirecionar parte da produção ao mercado interno. Em médio e longo prazo, o objetivo é diversificar exportações.

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Documento com dez ações prioritárias:

Entre elas, campanhas publicitárias sobre a importância do mel, mudanças em normas de acesso ao Pronaf e fortalecimento das cooperativas. Além disso, o setor pede ainda suspensão de financiamentos em 2025, revisão da política de alimentação escolar e compras governamentais de mel em sachê.

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Outra demanda é incluir a apicultura no Programa Federal de Pagamento por Serviços Ambientais, reconhecendo sua contribuição à preservação da natureza. Ao mesmo tempo, a CBA também cobra isenção de impostos federais para cooperativas da agricultura familiar. O pedido inclui IPI, PIS e Cofins.

O último ponto trata do projeto de lei 4139/2023. O texto propõe restringir o uso da palavra “mel” em rótulos de alimentos. A entidade argumenta que a medida pode fortalecer o mercado interno e valorizar a produção nacional.