Marca de Santo Antônio do Pinhal (SP) e Rio Grande do Sul conquista pontuação inédita entre 831 amostras internacionais avaliadas às cegas
Reprodução Redes Sociais

O Brasil acaba de escrever um novo capítulo na história da olivicultura nacional. O Azeite Sabiá conquistou impressionantes 98 pontos de um máximo de 100 na edição 2025/2026 do renomado guia italiano Flos Olei, estabelecendo a maior pontuação já alcançada por um produtor brasileiro na publicação que é referência mundial no setor.

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Para alcançar esta marca histórica, o azeite extravirgem da marca com rótulos de Santo Antônio do Pinhal (SP) e Rio Grande do Sul passou por um processo de avaliação extremamente rigoroso. Painéis especializados conduziram degustações às cegas com 831 amostras de azeites de todo o mundo, analisando critérios técnicos como intensidade, qualidade do frutado, amargor, picância, equilíbrio, persistência e complexidade.

O Flos Olei, que chegou à sua 16ª edição, é reconhecido pelo pioneirismo e rigor na avaliação de azeites extravirgem, sendo consultado por especialistas, chefs e consumidores exigentes globalmente. A conquista marca o quinto ano consecutivo em que o Sabiá figura entre os melhores azeites do mundo no guia italiano.

“Estar entre os melhores azeites do mundo, com 98 pontos de 100 no Flos Olei, é a recompensa pelo nosso empenho diário e, sobretudo, a prova de que o Brasil também produz azeites de excelência”, comemorou a cofundadora Bia Pereira.

Brasil mantém presença de elite na olivicultura mundial

Apesar do feito excepcional do Sabiá, a representatividade brasileira no Flos Olei 2025/2026 apresentou ligeira redução. Nove marcas nacionais foram reconhecidas na atual edição. Isso representa duas a menos que em 2024, quando 11 rótulos brasileiros integraram o seleto grupo de azeites de excelência mundial.

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Os azeites brasileiros destacados no Flos Olei 2025/2026:

  • Fazenda do Azeite Sabiá (RS) – 98 pontos (recorde nacional)
  • Prosperato (RS) – 97 pontos
  • Lagar H (RS) – 93 pontos
  • Estância das Oliveiras (RS) – 93 pontos
  • Capela de Santana (RS) – 90 pontos
  • Azeite Bem te Vi (RS) – 89 pontos
  • Al-Zait & Co. (RS) – 87 pontos
  • Azeite Verolí (MG) – 86 pontos
  • Borriello (MG) – 81 pontos

Movimentação no ranking nacional

A edição 2025/2026 trouxe mudanças significativas na participação brasileira. Saíram da seleção os rótulos Vinícola Essenza, Oliq Azeite Extravirgem, Orfeu, Olivas de Gramado e Azeite Puro. Em contrapartida, conquistaram lugar no prestigioso guia as marcas Borriello, Capela de Santana e Lagar H, demonstrando o dinamismo e crescimento contínuo da olivicultura nacional.

O Flos Olei mantém padrões extremamente elevados para inclusão em suas edições anuais. Apenas azeites que recebem no mínimo 80 pontos na avaliação dos jurados especialistas são contemplados. Das mais de 800 amostras avaliadas no processo, somente 500 fazendas “de excelência” de cinco continentes e 57 países conseguiram classificação.

A publicação é disponibilizada em três versões: italiano-inglês, italiano-chinês e italiano-espanhol. Portanto, refletindo seu alcance global e importância no mercado internacional de azeites premium.

Brasil entre os melhores da América Latina

Na edição 2025/2026, apenas nove azeites alcançaram a pontuação máxima de 100 pontos, distribuídos entre cinco rótulos italianos, três espanhóis e um croata. Na América Latina, apenas três produtos superam o recorde brasileiro: os chilenos Agrícola Pobeña e TerraMater, além do argentino Familia Zuccardi, todos com 99 pontos.

A predominância gaúcha entre os azeites brasileiros premiados confirma o estado como principal hub da olivicultura nacional. Das nove marcas reconhecidas, sete têm origem no Rio Grande do Sul, evidenciando as condições climáticas favoráveis e o desenvolvimento de expertise técnica na região.

O recorde de 98 pontos do Azeite Sabiá no Flos Olei 2025/2026 consolida o Brasil como produtor de azeites de classe mundial e abre novas perspectivas para o setor. O reconhecimento internacional fortalece a credibilidade dos produtos nacionais e pode acelerar investimentos em olivicultura, beneficiando toda a cadeia produtiva brasileira.