Uma velha carretinha guardada na garagem simboliza a transformação da vida do casal Silvani Alves Ferreira, 52 anos, e Maurício Gomes da Conceição, 51 anos. O equipamento que antes levava sacas de café até a feira local hoje representa o início de uma jornada que mudou drasticamente com o apoio do governo de Rondônia.
Os agricultores compraram uma segunda propriedade, dois veículos e construíram a casa dos sonhos. Hoje sustentam a faculdade de medicina da filha com a renda do café. “Tudo pago com o café”, garante Silvani.
A realidade atual contrasta com o passado difícil. Maurício vendeu a moto para comprar a primeira propriedade e trabalhava em pedreiras para complementar a renda. Silvani cuidava sozinha da lavoura enquanto ele buscava trabalho fora. A produção chegava à feira em uma carretinha puxada por moto.
Silvani explica como o suporte técnico transformou a vida da família. “A Emater nunca nos abandonou. Temos lavoura com mudas clonais do programa Plante Mais, com 3,5 mil pés de café. Ganhamos um biodigestor e o governo compra nossa produção através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).”
A Emater visita a propriedade mensalmente para orientar a produção. Maurício complementa que a assistência técnica trouxe orientações para melhorar produção e renda. “Nossas conquistas resultam da parceria com a Emater”, diz.
Setor em expansão
Mais de 17 mil famílias trabalham com cafeicultura em Rondônia. Os cafés rondonienses ganharam reconhecimento como “robustas amazônicos”. As variedades apresentam características doces, frutadas, com toques de chocolate e caramelo. Os grãos também oferecem notas florais, resultando em café suave e marcante.
O setor representa uma das principais atividades econômicas do estado. As políticas públicas garantem sustentabilidade, qualidade e lucratividade para os produtores rurais.
O governador Marcos Rocha destaca os resultados da cafeicultura rondoniense. “Os cafeicultores estão mais felizes e com melhor qualidade de vida. Rondônia é o 5º maior produtor de café do Brasil e o 2º maior na produção de robusta”, afirma.
O estado conquistou Indicação Geográfica para o café robusta e bateu recordes de exportação. Os números saltaram de US$ 66,8 mil em 2019 para US$ 130,9 milhões em 2024.
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