O Ceará confirmou o primeiro foco de gripe aviária em ave de subsistência, no município de Quixeramobim, no Sertão Central. A Agência de Defesa Agropecuária do Ceará (Adagri) identificou o caso após análise realizada pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), em Campinas (SP). O exame confirmou a infecção na última quinta-feira (17). As amostras haviam sido enviadas no dia 8 de julho.
Ações adotadas
Após a confirmação, a Adagri iniciou ações emergenciais do Plano Nacional de Contingência de Influenza Aviária, do Ministério da Agricultura. Ou seja, equipes interditaram a propriedade, realizaram a eutanásia das aves e iniciaram o protocolo de saneamento da criação. Sete auditores fiscais e um agente da Adagri executaram os procedimentos sanitários no local. Além disso, a equipe também instalou uma barreira sanitária. Todos os veículos e pessoas passaram por desinfecção antes de sair da propriedade. Os técnicos enterraram as aves e os materiais contaminados em vala sanitária dentro da própria área rural.
Segundo a Adagri, o contágio pode ter ocorrido por contato com aves silvestres. A propriedade foco fica próxima a um reservatório com pouca água, que atrai aves silvestres e pode ter favorecido a transmissão.
A agência já iniciou investigação complementar em um raio de 10 quilômetros ao redor da ocorrência. Ou seja, o objetivo é identificar possíveis conexões com outras propriedades da região.
Consumo seguro
A Adagri reforçou que o consumo de carne de frango e ovos permanece seguro. Ou seja, a transmissão da gripe aviária não ocorre por meio da ingestão desses alimentos, segundo nota técnica da agência.
De acordo com o Ministério da Agricultura, o Brasil já confirmou 182 focos da doença. Desse total, 172 ocorreram em aves silvestres, oito em aves de subsistência e um em granja comercial.
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