Fenômeno climático afeta o Sul, Centro-Oeste e Sudeste com risco de temporais, alagamentos e falta de energia
nuvens

Um ciclone atípico e de grande intensidade começou a atingir o Brasil nesta segunda-feira (8), com previsão de fortes impactos até quinta (11). Segundo a MetSul Meteorologia, o fenômeno alcançará as regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste, trazendo chuva volumosa, ventos intensos e risco de transtornos como quedas de energia e alagamentos.

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O Rio Grande do Sul deve sentir os efeitos mais severos. O estado enfrentará tempestades, precipitação acima da média e ventos ciclônicos por até 36 horas. A pressão atmosférica pode cair para valores entre 985 hPa e 990 hPa, índices raros para o mês de dezembro e semelhantes aos de sistemas subtropicais mais típicos do inverno.

O deslocamento lento do ciclone aumenta o potencial de estragos. Após cruzar a Argentina, o sistema deve atuar com força sobre o Rio Grande do Sul entre terça e quarta-feira, afastando-se apenas na quinta. Essa lentidão prolonga o período de instabilidade e eleva o risco de inundações e deslizamentos.

As chuvas devem ser intensas

Modelos meteorológicos indicam acumulados superiores a 100 milímetros em áreas do Sul e de estados como Mato Grosso do Sul e São Paulo. Em locais isolados, os volumes podem chegar entre 150 mm e 300 mm, provocando enxurradas e transtornos em zonas urbanas e rurais.

Os temporais mais fortes devem ocorrer na terça-feira (9), quando há chance de granizo, vendavais e formação de supercélulas, tempestades altamente severas. O Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo estão entre as regiões com maior risco.

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O vento também preocupa. No Sul e no Leste gaúcho, rajadas podem ultrapassar 100 km/h, alcançando até 130 km/h em áreas próximas ao litoral e à Lagoa dos Patos. Em Santa Catarina, Paraná e São Paulo, a previsão é de ventos entre 70 km/h e 100 km/h, suficientes para derrubar árvores, causar danos em estruturas e interromper o fornecimento de energia em parte das cidades.