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    Conhece o curauá? Técnica amplia cultivo na Amazônia

    A bromélia tem amplo potencial de uso na indústria e pode substituir parcialmente a fibra de vidro
    Luna AmaroPor Luna Amaro02/02/2025
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    Foto: Divulgação - Embrapa / Maria José Tupinambá
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    A cultura de tecidos tem potencial para expandir e aprimorar a produção de mudas do curauá (Ananas comosus var. erectifolius). Essa bromélia amazônica possui fibras resistentes que podem substituir parcialmente a fibra de vidro em diversas aplicações industriais, como carenagens de celulares, compósitos poliméricos e solventes de óleo diesel. Em geral, a técnica garante segurança, higiene e uniformidade na multiplicação das mudas, atendendo à demanda crescente por fibras naturais no Brasil.

    Pesquisadores da Embrapa Amazônia Ocidental (AM) estudam a cultura do curauá em parceria com instituições governamentais do Amazonas. Ou seja, o objetivo é viabilizar a adoção da fibra em indústrias do Polo Industrial de Manaus (PIM). Nos experimentos, mudas de curauá branco e roxo, produzidas pelo Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), foram plantadas no campo da Embrapa. O pesquisador Francisco Célio Chaves monitora o cultivo para coletar dados agronômicos e repassar as informações aos agricultores.

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    A cultura de tecidos se mostrou vantajosa ao escalonar e otimizar a produção de mudas após o primeiro plantio. Portanto, isso facilita a expansão da cultura e a comercialização das mudas, beneficiando produtores interessados no mercado de fibras naturais.

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    Estudos avançam conhecimento sobre o cultivo do curauá

    Os dados fazem parte da tese de doutorado do professor Felipe Padilha, orientado por Chaves, na Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Em resumo, a pesquisa analisou o crescimento e o acúmulo de nutrientes do curauá em casa de vegetação.

    Padilha destaca que o cultivo do curauá no Amazonas ainda é pouco difundido, com poucos estudos sobre adubação e nutrição mineral da espécie. Para o experimento de campo, ele utilizou recomendações de adubação adotadas no Pará. Santarém é o principal produtor da planta, mas há carência de informações agronômicas sobre seu cultivo.

    As mudas foram plantadas em agosto de 2022 e colhidas em fevereiro de 2024. O curauá roxo teve baixo desenvolvimento em solo de latossolo amarelo distrófico, exigindo mais estudos. Em contrapartida, o curauá branco apresentou bom desempenho. Em geral, a pesquisa avaliou aspectos como número de folhas, altura da planta, número de perfilhos, massa fresca de folhas, peso de fibra seca e rendimento da fibra.

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    Potencial do curauá como fibra natural

    O curauá é uma planta nativa da Amazônia e possui ampla distribuição geográfica, sendo encontrada no Pará, Acre, Mato Grosso, Goiás e Amazonas. As condições climáticas favoráveis da região tropical contribuem para a ampliação do cultivo.

    A validação agronômica de espécies nativas permite que produtores, instituições de pesquisa e universidades tenham acesso a dados técnicos sobre o cultivo. Portanto, o estudo do crescimento e do acúmulo de nutrientes na planta é essencial para otimizar a produção de fibras e impulsionar o setor.

    Apesar da demanda crescente por fibras naturais, os plantios comerciais ainda são insuficientes. A falta de informações agronômicas é o principal obstáculo para a expansão da cultura no Amazonas. O desenvolvimento vegetativo das plantas depende do ambiente e da absorção de nutrientes. Essas características podem servir de base para pesquisas sobre melhoramento genético e desenvolvimento de cultivares adaptadas à região amazônica.

    Projeto-piloto incentiva produção de fibras

    Em 2024, o governo do Amazonas lançou um projeto-piloto para produção de fibras de curauá na Comunidade Santo Antônio de Caxinauá, distrito de Novo Remanso, em Itacoatiara (a 176 km de Manaus). A iniciativa é coordenada pela Secretaria de Produção Rural (Sepror), Secretaria de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA) e Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).

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    O projeto busca identificar dados técnicos sobre a produção de fibras para aplicação na indústria. Uma das primeiras utilizações será na fabricação de capas de celulares, reduzindo o uso de plástico. Além disso, a iniciativa deve gerar emprego e renda para agricultores da região.

    Produtor aposta no curauá

    Claudimar Mendonça, produtor rural de Novo Remanso, plantou um hectare com 12.500 mudas de curauá no início de 2024. Ele participa do projeto-piloto do governo e acredita no potencial da cultura. “A fibra do curauá pode substituir fibras importantes na indústria têxtil, como juta e malva, e tem durabilidade similar à fibra de vidro”, destaca.

    Mendonça também ressalta a vocação agrícola da região. “Novo Remanso é um polo de fruticultura e tem condições ideais para o cultivo. O curauá e o abacaxi pertencem ao mesmo gênero botânico e têm características de cultivo semelhantes”, explica. Para ele, o curauá pode agregar valor para pequenos produtores e fortalecer a economia local.

     

     

    bromélia curauá Embrapa pesquisa técnica
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