Resumo da notícia
- Os preços da batata caíram 31,61% em julho nas Ceasas, influenciados pela maior oferta do tubérculo, que atingiu o maior volume do ano, segundo a Conab. A redução ocorreu em todos os 11 mercados analisados.
- A cebola teve queda média de 25,57% em julho e está quase 60% mais barata na comparação anual, enquanto tomate e cenoura apresentaram oscilações regionais, com estabilidade nos preços da cenoura.
- A alface registrou alta média de 9,93%, principalmente no Paraná, influenciada pela proximidade das áreas produtoras aos centros consumidores, que afeta preços e qualidade.
- De janeiro a julho, as exportações brasileiras de frutas cresceram 30% em volume e 19% em receita, totalizando 641,5 mil toneladas e US$ 755,2 milhões, com destaque para o acordo entre Conab e Ceasas para melhorar dados e índices do setor.
Os preços da batata caíram pelo segundo mês seguido nas Centrais de Abastecimento (Ceasas). Em geral, a redução média foi de 31,61% em julho, segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A queda ocorreu em todos os 11 mercados atacadistas analisados. A maior oferta do tubérculo explica os preços mais baixos. Em julho, o volume disponível foi o maior do ano, aponta o 8º Boletim do Programa Prohort.
Cebola também registra queda acentuada
A cebola também apresentou forte recuo. O preço médio de julho caiu 25,57% em relação a junho. Além disso, na comparação anual, as cotações estão quase 60% menores.
Tomate e cenoura mostram oscilações
Os preços do tomate oscilaram conforme a região. No Paraná, houve queda de 16,68%. Em Santa Catarina, o valor subiu 4,68%. Ainda assim, a média nacional recuou 5,68%. O controle da oferta explica parte do movimento.
Já a cenoura apresentou estabilidade. Portanto, o aumento da oferta não alterou significativamente as cotações, que tiveram variações pequenas nas Ceasas.
Alface apresenta aumento moderado
A alface subiu 9,93% na média nacional. O maior avanço foi registrado no Paraná. Porém, o comportamento não foi uniforme. Ou seja, a proximidade das áreas produtoras aos centros consumidores influencia diretamente preços e qualidade.
Frutas têm comportamentos distintos
Entre as frutas, a laranja recuou 9,8%. A queda decorre da menor demanda nas férias escolares, do clima frio e da concorrência com a poncã. A maçã também caiu levemente, com redução de 1,92%.
Já a melancia subiu 3,92%. A maior produção em Goiás e Tocantins compensou a entressafra em outras regiões.
A banana avançou 10,48%, impulsionada pela menor oferta da variedade nanica no inverno. O mamão teve alta de 21,65%. O clima reduziu a demanda, mas também limitou a oferta, pressionando os preços.
Exportações de frutas crescem
De janeiro a julho, o Brasil exportou 641,5 mil toneladas de frutas. O volume representa alta de 30% frente a 2024. A receita somou US$ 755,2 milhões, crescimento de 19% em relação ao ano anterior.
O Boletim Prohort também destacou o Encontro Nacional das Ceasas, em Brasília. O evento discutiu melhorias para o setor e firmou parceria entre a Conab e as Centrais. O acordo prevê diagnóstico nacional, padronização da coleta de dados e a criação de um índice nacional de preços hortigranjeiros.