Resumo da notícia
- O mercado brasileiro de fertilizantes cresceu 9,3% de janeiro a setembro de 2025, totalizando 35,86 milhões de toneladas entregues aos agricultores, com destaque para setembro, que teve alta de 11,3%.
- Mato Grosso lidera o consumo nacional, respondendo por 22,5% do total, seguido por Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul, Goiás, Minas Gerais e Bahia.
- Apesar do crescimento da produção nacional, o Brasil depende das importações, que subiram 8,4% no período, com o Porto de Paranaguá sendo a principal porta de entrada, movimentando 25,5% do total.
O mercado brasileiro de fertilizantes mantém ritmo de crescimento em 2025. Dados da Associação Nacional para a Difusão de Adubos (ANDA) revelam que as entregas ao agricultor totalizaram 35,86 milhões de toneladas no acumulado de janeiro a setembro. O número representa um aumento de 9,3% frente ao mesmo período de 2024, quando o volume foi de 32,80 milhões de toneladas.
Apenas em setembro, o setor comercializou 5,38 milhões de toneladas, uma alta expressiva de 11,3% na comparação com setembro do ano anterior.
A análise por estado confirma Mato Grosso como o maior consumidor do país. O estado respondeu sozinho por 22,5% do total nacional, com 8,08 milhões de toneladas entregues. A sequência dos maiores mercados ficou com Paraná (4,51 milhões t), São Paulo (3,74 milhões t), Rio Grande do Sul (3,54 milhões t), Goiás (3,53 milhões t), Minas Gerais (3,22 milhões t) e Bahia (2,43 milhões t).
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Produção nacional avança, mas importações seguem altas
A indústria nacional de fertilizantes intermediários também registrou desempenho positivo. A produção acumulada nos nove meses chegou a 5,57 milhões de toneladas, com crescimento de 6,6%. Em setembro, a fabricação cresceu 6,3%, para 713 mil toneladas.
No entanto, o país ainda depende significativamente do mercado externo para suprir a demanda. As importações somaram 31,49 milhões de toneladas no período, um avanço de 8,4%. O Porto de Paranaguá (PR) consolidou sua posição como principal porta de entrada, com 8 milhões de toneladas movimentadas – o que representa 25,5% de toda a importação pelo país e um crescimento de 9,9% ante 2024.
Os dados reforçam a forte demanda do agronegócio brasileiro por insumos na reta final do ciclo de culturas, com destaque para as regiões produtoras de grãos.