Governo Lula fortalece diplomacia do agronegócio com representantes em países estratégicos da África, Ásia e América
Foto: Divulgação - Mapa

O governo brasileiro anunciou nesta segunda-feira (8) a nomeação de 14 novos adidos agrícolas que assumirão postos estratégicos em embaixadas ao redor do mundo.

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A medida, publicada no Diário Oficial da União (DOU), faz parte da estratégia do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para ampliar as exportações do agronegócio brasileiro e fortalecer as relações comerciais internacionais.

Os novos representantes diplomáticos do setor agropecuário brasileiro foram designados para países de alta relevância econômica e comercial. Entre os destinos estão potências econômicas como Coreia do Sul, Japão, Austrália e Canadá, além de mercados emergentes na África do Sul, Indonésia e Vietnã.

A distribuição geográfica dos novos postos reflete a estratégia brasileira de diversificação de mercados exportadores, com foco especial na região Ásia-Pacífico, que representa um dos mercados mais dinâmicos para produtos agrícolas brasileiros.

Lista completa dos novos adidos agrícolas

O decreto presidencial designou os seguintes profissionais para os respectivos postos:

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  • Rodrigo de Almeida – Embaixada em Pretória, África do Sul
  • Caio Simão – Embaixada em Riade, Arábia Saudita
  • Juçara Duarte – Embaixada em Buenos Aires, Argentina
  • Eduardo Magalhães – Embaixada em Camberra, Austrália
  • Alessandro Cruvinel – Embaixada em Ottawa, Canadá
  • Tiago Oliveira – Embaixada em Seul, República da Coreia
  • Barbara Cordeiro – Delegação junto às organizações internacionais econômicas em Paris, França
  • Roberto Razera – Embaixada em Nova Delhi, Índia
  • Carlos Turchetto – Embaixada em Jacarta, Indonésia
  • André Okubo – Embaixada em Tóquio, Japão
  • Luna Alves – Embaixada na Cidade do México, México
  • Andréa Figueiredo – Delegação junto à OMC em Genebra, Suíça
  • Lucas Moraes – Embaixada em Bangkok, Tailândia
  • Mirela Eidt – Embaixada em Hanói, Vietnã

Missão estratégica do agronegócio brasileiro

Segundo o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, as nomeações representam um pilar fundamental da estratégia governamental para o setor. “O presidente Lula nos confiou a missão estratégica de ampliar o portfólio de exportações do Brasil. Aqui no Mapa trabalhamos incessantemente para fortalecer e estabelecer novas parcerias diplomáticas e comerciais que abram mercados para os nossos produtos”, declarou o ministro.

A iniciativa visa consolidar o Brasil como uma das principais potências agrícolas mundiais, aproveitando a crescente demanda global por alimentos e commodities agrícolas.

Com as novas nomeações, o Brasil mantém uma robusta rede de 38 adidos agrícolas distribuídos estrategicamente pelo mundo. Os representantes atuam em países como Estados Unidos, China (com dois adidos), Alemanha, Reino Unido, Rússia e em organismos internacionais como a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e a Organização Mundial do Comércio (OMC).

O que fazem os adidos agrícolas

Os adidos agrícolas desempenham papel crucial na abertura de novos mercados, negociação de acordos comerciais e resolução de questões sanitárias e fitossanitárias que podem impactar as exportações brasileiras.

Enquanto diplomatas tradicionais negociam acordos de alto nível, os adidos agrícolas. trabalham nos bastidores para destravar mercados e gerar bilhões em exportações. Mais do que diplomatas. Eles são os estrategistas comerciais do setor agropecuário, lotados em embaixadas ao redor do mundo.

Sua missão principal é clara: abrir e manter mercados internacionais para os produtos de seu país. Eles são os olhos e os ouvidos do agronegócio no exterior, atuando em várias frentes:

  • Quebrando barreiras: lideram complexas negociações técnicas para derrubar barreiras sanitárias e fitossanitárias, os principais obstáculos ao comércio de alimentos.
  • Inteligência de mercado: monitoram políticas agrícolas, tendências de consumo e concorrência em seus países de atuação, fornecendo dados cruciais para produtores e governo.
  • Promoção comercial: conectam exportadores nacionais a importadores estrangeiros e promovem produtos em feiras e missões internacionais.

Por que são essenciais?

Para um país como o Brasil, potência agroexportadora, o trabalho do adido agrícola é vital. Cada novo mercado aberto – fruto de anos de negociação técnica – significa milhões de dólares em negócios para setores como carne, grãos e frutas.

Os novos adidos cumprirão mandato de quatro anos, contados a partir da data de apresentação às respectivas representações diplomáticas. Durante esse período, trabalharão para identificar oportunidades comerciais, facilitar negociações entre empresas brasileiras e importadores locais, e promover a imagem dos produtos agrícolas brasileiros nos mercados internacionais.

A medida reforça o compromisso do governo brasileiro com a expansão sustentável do agronegócio e consolida a posição do país como um dos maiores exportadores mundiais de produtos agrícolas, incluindo soja, milho, açúcar, café, carnes e produtos florestais.