As árvores gigantes, algumas com mais de 1,5m de circunferência, serão monitoradas e estudadas para conservação da espécie.
Erva mate
Foto: Rodolfo BUHRER /Embrapa

A identidade dos verdadeiros gigantes da floresta gaúcha será revelada na próxima terça-feira, 1º de outubro. Nesta data, a Universidade de Passo Fundo (UPF) irá anunciar e premiar as 10 maiores árvores de erva-mate do Rio Grande do Sul, eleitas em um concurso inédito que mapeou exemplares monumentais em todo o estado.

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A cerimônia de premiação do concurso “Árvores Gigantes do Rio Grande do Sul” está marcada para as 10h, no auditório da Faculdade de Odontologia da UPF (Campus I).

O evento é o ponto alto de um projeto que contou com a participação de 41 árvores inscritas, oriundas dos quatro principais polos ervateiros do estado: Alto Taquari (18), Celeiro Missões (10), Nordeste Gaúcho (8) e Alto Uruguai (5).

De acordo com o regulamento, para entrar na disputa, os exemplares precisavam ter, no mínimo, 1,5 metro de circunferência à altura do peito (CAP), uma medida padrão em estudos florestais. “Todas estas árvores já foram monitoradas pela Comissão Estadual do Concurso e tiveram suas medições reavaliadas”, afirmou Ilvandro Barreto de Melo, engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar e coordenador da Câmara Setorial da Erva-Mate.

Além do título: conservação e pesquisa científica

A competição, no entanto, vai muito além da simples premiação. Segundo Melo, as árvores gigantes se tornarão objeto de estudos genéticos e fitoquímicos, com a permissão dos produtores. “O concurso é uma ferramenta para buscar a caracterização destas 41 árvores. E compreender tanto a anatomia de cada uma quanto o seu processo de multiplicação”, destacou.

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Para o professor Jaime Martinez, coordenador do concurso pela UPF, o objetivo central é ecológico e cultural. “Estudos mostram que um dos frutos que mais atrai as aves silvestres é o fruto da erva-mate. O grande objetivo deste concurso foi destacar as espécies e os ambientes florestais. Para que a gente recupere uma cultura de maior valorização das nossas florestas. Aquilo que a gente valoriza e conhece, a gente preserva melhor”, explicou Martinez.

A iniciativa, organizada pela UPF em parceria com diversas instituições do setor. E busca reforçar a importância econômica, cultural e ambiental da erva-mate para o Rio Grande do Sul. Além de destacar a necessidade de preservar esses patrimônios vivos da natureza.