Resumo da notícia
- O Terminal Portuário de Outeiro, no Pará, foi modernizado com investimento de R$ 260 milhões, ampliando sua capacidade para receber navios de grande porte e atender milhares de visitantes durante a COP30.
- A obra, concluída em seis meses, incluiu ampliação do píer, construção de dolphins e instalação de pontes metálicas, dobrando a capacidade para 80 mil toneladas e gerando 450 empregos locais.
- Durante a COP30, dois navios funcionarão como hotéis flutuantes, oferecendo 6 mil leitos extras em Belém e ajudando a suprir a demanda por hospedagem no evento internacional.
- Após a conferência, o terminal integrará rotas regulares de turismo marítimo, impulsionando setores locais e fortalecendo a matriz de exportação do Pará como polo competitivo no Arco Norte.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, inauguraram neste sábado (1º) o Terminal Portuário de Outeiro, no Pará. O governo federal investiu R$ 260 milhões na requalificação da estrutura, que agora comporta navios de grande porte e receberá milhares de visitantes durante a COP30.
O Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) coordenou o projeto em parceria com a Secretaria Extraordinária para a COP30 (Secop). A Itaipu Binacional patrocinou a obra, enquanto a Companhia Docas do Pará (CDP) executou a modernização. As equipes trabalharam em três turnos de 24 horas, finalizaram o terminal antes do prazo e geraram cerca de 450 empregos, priorizando trabalhadores locais.
O projeto começou em 17 de abril de 2024 e levou apenas seis meses para conclusão. As obras incluíram a construção de 11 dolphins, instalação de 10 pontes metálicas e ampliação do píer de 261 metros para 716 metros. A nova estrutura suporta 80 mil toneladas, o dobro da capacidade anterior.
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Porto funcionará como hotel flutuante durante conferência climática
“Vamos mostrar para o mundo que está preocupado com a manutenção do clima que investir em bioeconomia é uma das coisas mais sagradas”, afirmou o presidente Lula. “O Pará pode ser a porta de entrada desse novo modelo de desenvolvimento. Quem imaginaria que um transatlântico, que carrega 6 mil pessoas, poderia parar aqui?”, celebrou.
O terminal receberá dois navios como hotéis flutuantes durante a COP30. Essa estratégia adicionará 6 mil leitos à rede hoteleira de Belém e resolverá parte da demanda por hospedagem durante o evento internacional.
Turismo marítimo e exportações no Arco Norte
Costa Filho destacou os benefícios das melhorias no terminal. “As obras no porto de Outeiro trarão grande reforço para receber os cruzeiros que virão para a COP30. Instalaremos equipamentos como estações de raio X para controlar a entrada e saída de visitantes. Isso significa mais conforto e segurança às delegações”, explicou o ministro.
Após a COP30, o porto integrará as rotas regulares de turismo marítimo. A expectativa é que a estrutura beneficie continuamente os setores de hotelaria, gastronomia, transporte e comércio da região Norte. O governo federal também planeja fortalecer a matriz de exportação do Pará e atrair novas rotas marítimas, consolidando o terminal como alternativa competitiva no Arco Norte.
Aeroporto de Belém recebe R$ 450 milhões e triplica capacidade
Mais cedo, o presidente Lula e o ministro Costa Filho visitaram o Aeroporto Internacional de Belém (Val-de-Cans) e entregaram as obras de modernização. A concessionária Norte da Amazônia Airports (NOA) investiu R$ 450 milhões na ampliação, que aumentou a capacidade do terminal de 7,7 milhões para 13 milhões de passageiros por ano.
O aeroporto ganhou pistas requalificadas, novo pátio de aeronaves, saguão ampliado e áreas de embarque doméstico e internacional triplicadas. A infraestrutura agora conta com portões eletrônicos com tecnologia biométrica, sala multissensorial para o público neurodivergente e opera com 100% de energia renovável.
“As obras do Aeroporto de Belém estão oficialmente entregues à população do Pará e do Brasil. Mais de R$ 450 milhões investidos. Ganha a COP30, ganha o estado do Pará e ganha o Brasil”, declarou Costa Filho.
As obras finalizaram com quase um ano de antecedência e geraram mais de 1.500 empregos diretos e indiretos.