Resumo da notícia
- O fenômeno La Niña deve pressionar preços dos alimentos no Brasil em 2026, com inflação no setor prevista para subir de 1,3% em 2025 para 5,0%, segundo o BTG.
- Apesar da previsão recorde de produção de grãos em 2025/26, o La Niña pode comprometer a produtividade da soja e do milho devido à alteração no regime de chuvas.
- A OMM indica 55% de chance de La Niña fraco entre dezembro de 2025 e fevereiro de 2026, e especialistas acompanham o fenômeno para avaliar seus impactos na agricultura e no abastecimento.
O fenômeno climático La Niña deve pressionar os preços dos alimentos no Brasil ao longo de 2026. O BTG projeta que a inflação no setor acelere de 1,3% em 2025 para 5,0% no próximo ano. Fatores climáticos e o ciclo pecuário lideram as causas desse aumento.
O banco divulgou relatório que aponta o clima como principal fator de risco, mesmo diante de um cenário inicialmente favorável para a produção de grãos. Os efeitos do La Niña preocupam especialmente os analistas do setor.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que o Brasil produza 355 milhões de toneladas de grãos na temporada 2025/26, superando o recorde anterior. A previsão inclui 178 milhões de toneladas de soja e 139 milhões de toneladas de milho.
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La Niña já chegou e deve persistir até fevereiro
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) anunciou na quinta-feira, 4, que existe 55% de probabilidade de um La Niña fraco entre dezembro de 2025 e fevereiro de 2026. O fenômeno já atua sobre o clima brasileiro.
O La Niña resfria as águas do Oceano Pacífico e altera o regime de chuvas em diversas regiões produtoras. O fenômeno deve impactar diretamente a colheita de soja e a semeadura do milho safrinha, comprometendo a produtividade das lavouras.
Especialistas monitoram a evolução do fenômeno para avaliar seus efeitos reais sobre a agricultura brasileira e o abastecimento alimentar do país nos próximos meses.