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    BRS Sertão Forte: maracujá-da-caatinga vira espumante gourmet

    Projeto da Embrapa pode revolucionar a agricultura do Semiárido
    Henrique RodartePor Henrique Rodarte10/05/2025
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    Foto: Marcelino Ribeiro
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    Pesquisadores da Embrapa transformaram o humilde maracujá-da-caatinga (Passiflora cincinnata), fruto nativo do bioma brasileiro, em uma sofisticada bebida gaseificada que rivaliza com vinhos espumantes de qualidade. A inovação, desenvolvida em parceria entre a Embrapa Meio Ambiente e Embrapa Semiárido, abre novas perspectivas para a agricultura familiar e a valorização da biodiversidade nordestina.

    “Estamos diante de uma joia da caatinga que pode gerar renda e desenvolvimento regional”, afirma Aline Biasoto, pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente. O maracujá-da-caatinga, resistente à seca e com ciclo de produção na entressafra do maracujá comum. Ele sempre foi subutilizado comercialmente, restrito a produtos como geleias e licores. Agora, ganha status de matéria-prima premium para uma bebida fermentada de alto valor agregado.

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    O processo de produção segue rigorosamente o método tradicional dos melhores espumantes, com dupla fermentação que garante as características bolhas naturais. “Utilizamos a mesma técnica do Champagne, adaptando-a às particularidades do nosso fruto”, explica Biasoto. Durante os testes, os pesquisadores experimentaram diferentes formulações, incluindo a técnica de autólise – onde a bebida permanece em contato com as leveduras por meses para aprimorar aroma e sabor.

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    A base para essa inovação é a cultivar BRS Sertão Forte, desenvolvida pela Embrapa em 2016 especificamente para produção comercial. “Esta variedade representa um salto tecnológico”, destaca Saulo Aidar, pesquisador da Embrapa Semiárido. “Além da tolerância à seca, ela oferece frutos maiores, produtividade elevada e flores que abrem às 5h da manhã, facilitando a polinização.”

    Maracujá da Caatinga -
    Pesquisa da Embrapa em parceria com a Universidade Federal da Paraíba revela potencial da fruta silvestre para produção de fermentado inovador e de alto valor agregado. Foto: Claudio Bezerra Melo

    Os resultados impressionaram: o fermentado atendeu todos os padrões de qualidade do Ministério da Agricultura e foi bem recebido por consumidores habituados a bons espumantes. Mas o impacto vai além da gastronomia. A valorização do maracujá-da-caatinga pode transformar a realidade de comunidades do Semiárido, onde cooperativas de agricultura familiar já trabalham com o fruto.

    “Estamos criando uma cadeia produtiva sustentável”, comenta Biasoto. “Ao mesmo tempo que gera renda, o cultivo organizado ajuda a preservar o bioma.” O próximo desafio é escalonar a produção para viabilizar a entrada no mercado de bebidas especiais, onde a combinação de tradição, inovação e sustentabilidade pode se tornar um diferencial competitivo.

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    Enquanto os testes industriais avançam, o maracujá-da-caatinga já mostra seu potencial para deixar de ser um recurso subutilizado e se tornar protagonista de uma nova economia no Nordeste, provando que a riqueza da caatinga pode, literalmente, espumar de oportunidades.

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    Um dos poucos jornalistas tímidos do mundo, evita aparecer pois sabe que a notícia é sempre mais importante. Trabalhando com jornalismo durante mais de vinte anos, em todas as editorias, já viajou o mundo cobrindo o agronegócio (e o entretenimento). Acredito que a sustentabilidade e o agro andam juntos, e que somos um exemplo para o mundo, além de celeiro da humanidade.

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