Produto menos comum toma a dianteira da ureia; especialistas avaliam se a mudança é temporária ou uma nova tendência

O sulfato de amônio assume a liderança nas importações de fertilizantes no Brasil. A alta nos preços e as condições desfavoráveis de comércio forçam os importadores a buscarem alternativas mais baratas e menos concentradas.

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De acordo com um relatório da StoneX, empresa global de serviços financeiros, o volume de sulfato de amônio (SAM) que chega aos portos brasileiros, principalmente em Santos e Paranaguá, supera agora o da ureia. O analista de inteligência de mercado Tomás Pernías confirma a tendência. “A necessidade de nitrogenados está sendo atendida por esses produtos de menor concentração”, explica.

Esta escolha, no entanto, tem um efeito colateral. Produtos menos concentrados exigem um volume maior em toneladas para fornecer a mesma quantidade de nutrientes. Consequentemente, a movimentação total de fertilizantes nos portos aumenta consideravelmente.

A expectativa do mercado é de que as importações permaneçam aquecidas para suprir a demanda da safrinha de milho. A cultura exige altos níveis de nitrogênio. A grande questão agora é saber se o sulfato de amônio manterá sua posição de liderança ou se a ureia recuperará espaço até o final de 2025.