Resumo da notícia
- O Brasil projeta colher 128,3 milhões de toneladas de milho em 2025, consolidando-se como líder mundial, com segunda safra estimada em 101 milhões, 12,2% maior que o ciclo anterior devido a clima favorável e melhores práticas agrícolas.
- A lagarta-do-cartucho voltou a ser a principal ameaça às lavouras de milho, apresentando maior resistência e causando danos severos, especialmente em áreas de cultivo contínuo, sob estiagens e temperaturas acima de 25°C.
- Infestações graves da praga podem causar perdas de até 60% na produtividade, com ataques desde as fases iniciais do plantio afetando folhas, espigas e o colo das plantas, comprometendo o desenvolvimento da cultura.
- Especialistas recomendam manejo integrado com dessicação antecipada, rotação de culturas e tratamento de sementes para controlar a praga, destacando a importância da diversificação de métodos e planejamento para proteger a safra.
Resumo gerado pela redação.
O Brasil projeta uma safra recorde de milho para 2025, com expectativa de colher 128,3 milhões de toneladas e consolidar sua liderança entre os maiores produtores mundiais. Os números apresentados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontam para uma segunda safra em andamento com 101 milhões de toneladas — volume 12,2% superior à do ciclo anterior, impulsionado por clima favorável e aprimoramento nas práticas agrícolas.

No entanto, especialistas alertam para um problema crescente nas lavouras: o retorno da lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) como principal ameaça à cultura do milho. O Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg) identifica uma intensificação dos ataques e aumento da resistência do inseto a algumas tecnologias. Especialmente em áreas de cultivo contínuo, sob estiagens prolongadas, temperaturas acima de 25°C e em lavouras de semeadura tardia.
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Fábio Kagi, gerente de Assuntos Regulatórios do Sindiveg, ressalta que a praga voltou a preocupar os produtores por atacar desde as fases iniciais do plantio e causar sérios danos às folhas, espigas e ao colo das plantas, comprometendo o desenvolvimento e a produtividade da lavoura. Estima-se que as perdas possam chegar a 60% em casos de infestação severa.
Para minimizar riscos e proteger a colheita, o especialista reforça a necessidade de um manejo integrado e contínuo, pautado pela combinação estratégica de métodos culturais, biológicos e químicos. Entre as práticas recomendadas estão:
- Dessecação da área pelo menos 30 dias antes do plantio
- Rotação de culturas
- Tratamento de sementes com defensivos sistêmicos
Segundo Kagi, a diversificação das ferramentas de controle e o planejamento antecipado das ações são fatores decisivos para garantir a sanidade das lavouras. Medidas preventivas e intervenções bem planejadas durante todo o ciclo do milho são essenciais para evitar prejuízos significativos e assegurar o potencial produtivo do país.
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