Resumo da notícia
- A produção de mirtilo cresce na Serra Catarinense, atraindo investidores que buscam alternativas lucrativas ao setor florestal tradicional, devido à alta rentabilidade e potencial de geração de empregos.
- Celso Claudino cultiva três mil pés de mirtilo em Palmeira, comercializando a fruta em todo o Brasil, com preços que chegam a R$ 60 por quilo no varejo, comprovando a viabilidade econômica do negócio.
- O mirtilo, fruto europeu adaptado ao clima frio, é rico em antioxidantes e vitaminas, além de oferecer potencial turístico com sua florada e diferentes fases de beleza ao longo do ano.
- A Epagri apoia produtores com assistência técnica, orientações e políticas públicas, planejando eventos para divulgar o cultivo e incentivar a renda em pequenas propriedades rurais da região.
Resumo gerado pela redação.
A produção de mirtilo cresce na Serra Catarinense e atrai investidores que buscam alternativas lucrativas ao setor florestal tradicional. A fruta, ainda pouco cultivada na região mais fria do Brasil, apresenta alta rentabilidade e potencial de geração de empregos.
Celso Claudino, um dos maiores produtores catarinenses da fruta, comprova a viabilidade do negócio. Ele cultiva três mil pés de mirtilo em área de reflorestamento no interior de Palmeira, município com 2,7 mil habitantes localizado a 40 quilômetros de Lages.

O empresário comercializa a produção em todo o território nacional. Consumidores exigentes pagam até R$ 60 por quilo no varejo. No atacado, Celso vende o produto sem embalagem por cerca de R$ 30 o quilo.
Cada pé produz entre cinco e dez quilos da fruta anualmente. “Se produzir dez quilos, uma árvore rende R$ 300. O mirtilo oferece alta rentabilidade para pequenos e grandes produtores”, explica Celso.
Fruta européia se adapta ao clima frio catarinense
O mirtilo, conhecido também como blueberry, tem origem nas regiões frias da Europa e Estados Unidos. A fruta azul e arredondada concentra antioxidantes, fibras e vitaminas em sua composição.

Celso e o genro João Carneiro, sócio na administração do pomar, criaram a marca Palm Berries em referência ao município de Palmeira. “Consumo diariamente e minha qualidade de vida melhorou muito. A fruta faz bem para a saúde e, para quem investe, também para o bolso”, afirma o produtor.
O empresário destaca ainda o potencial turístico da atividade. “O pomar passa por várias fases de beleza, como a florada em setembro. Além de gratificante, pode atrair visitantes”, complementa.
Epagri oferece suporte técnico e acesso a políticas públicas
A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) apoia produtores estabelecidos e novos investidores interessados no cultivo de mirtilo.
Celso e João recebem orientações técnicas sobre doenças no pomar, poda adequada das plantas e produção de mudas. A propriedade já conta com viveiro próprio para multiplicação das plantas.
“Temos especialistas em fruticultura e programas que apoiam a implantação de pomares. Todos os escritórios municipais da Epagri prestam este tipo de assistência”, informa Clayrton Accacio Cruz da Silveira, extensionista rural da empresa em Palmeira.
A Epagri planeja realizar evento na propriedade de Celso para divulgar a atividade. “Queremos mostrar que o mirtilo e outras frutas do mesmo contexto podem gerar boa renda para famílias, especialmente em pequenas propriedades”, conclui o técnico.
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