Resumo da notícia
- A Hedgepoint elevou a projeção da safra brasileira de milho 2024/25 para 138,2 milhões de toneladas, devido à alta produtividade da segunda safra, especialmente no centro-sul do país.
- A colheita da safrinha já alcançou 97%, com rendimentos médios superiores a 100 sacas por hectare em estados como Paraná e Mato Grosso, superando atrasos causados pela soja.
- Embora quase toda a produção esteja disponível, a comercialização está mais lenta, com apenas 43% da safrinha vendida em agosto, abaixo da média histórica para o período.
- O consumo de milho para etanol cresce significativamente, com projeção de 23,7 milhões de toneladas em 2024/25, e as exportações voltam a acelerar após atrasos na colheita.
A Hedgepoint revisou para cima a projeção da safra brasileira de milho 2024/25, estimando agora uma produção total de 138,2 milhões de toneladas. O crescimento de 3,7 milhões de toneladas em relação à previsão anterior reflete a alta produtividade na segunda safra, conhecida como “safrinha”, especialmente nos principais estados do centro-sul do país.
O avanço da colheita da safrinha revelou rendimentos médios superiores a 100 sacas por hectare em regiões como Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás. Esse desempenho positivo compensou o atraso na semeadura e colheita causado pela soja, que também se beneficiou do clima favorável, conforme explicou Luiz Roque, Coordenador de Inteligência de Mercado da Hedgepoint Global Markets.
Colheita avança e quase toda produção está disponível
Até 29 de agosto, 97% das lavouras da segunda safra foram colhidas, indicando que quase todo o milho da temporada 2024/25 já está no mercado. Apesar disso, a comercialização segue mais lenta do que no ano anterior e a média das últimas cinco safras. Em agosto, apenas 43% da safrinha estava vendida, contra 48% em 2024 e uma média histórica de 50% para o período.
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Luiz Roque destacou o forte aumento do consumo de milho para etanol, impulsionado por novas indústrias em operação. A Hedgepoint projeta que 23,7 milhões de toneladas de milho serão usadas para esse fim em 2024/25. Um crescimento significativo frente aos 17,4 milhões de toneladas da temporada anterior.
Quanto às exportações, os atrasos provocados pela colheita já começam a ser superados. O ritmo de embarques voltou a acelerar em agosto, e os registros para setembro indicam um grande volume a ser exportado nos próximos meses.