Santa Catarina é o maior exportador de bananas do Brasil em 2025, respondendo por 50% do volume nacional nos primeiros seis meses do ano. O estado exportou 21,8 mil toneladas, gerando US$ 7,2 milhões em receita, com destaque para os mercados da Argentina e Uruguai. A produção catarinense deve atingir uma safra recorde de 768 mil toneladas nesta temporada, um aumento de 17,5% em relação ao ciclo anterior.
A banana-caturra tem previsão de crescimento maior, de 18%, enquanto a banana-prata deve subir 15,2%, em função da ampliação da área cultivada para 28,4 mil hectares. Após queda nos preços em maio e junho, o mercado prevê recuperação para a banana-caturra em julho, com estabilidade para a prata, graças a um equilíbrio na demanda e à redução da oferta.
Os desafios climáticos, como geada e chuvas frequentes que afetaram a qualidade dos frutos, levaram muitos produtores a colher antes do ponto ideal. Mesmo assim, os analistas esperam valorização dos preços no segundo semestre devido às baixas temperaturas que limitam a oferta.
Maior exportador do Brasil
De acordo com o painel temático de Comércio Exterior do Observatório Agro Catarinense, Santa Catarina se mantém como o maior exportador de bananas do Brasil em 2025. Entre janeiro e junho, o Brasil exportou 43,8 mil toneladas de banana, com receita de US$ 15,7 milhões. Santa Catarina foi responsável por praticamente 50% do volume exportado, com 21,8 mil toneladas, o que representa um crescimento de 103% em relação ao mesmo período de 2024. O estado gerou US$ 7,2 milhões, equivalente a 45,9% da receita nacional com exportações de banana no primeiro semestre de 2025.
Os principais compradores da banana catarinense são Argentina, responsável por 62% das exportações com um faturamento de US$ 4,5 milhões, e em segundo lugar é o Uruguai, com 37,8% gerando uma receita de US$ 2,7 milhões. Conforme o analista da Epagri/Cepa, Rogério Goulart Júnior, as perspectivas do setor para o mercado internacional são positivas. “Santa Catarina teve um crescimento expressivo no primeiro semestre de 2025 nas exportações brasileiras de banana. Para o segundo semestre, a expectativa é de uma queda sazonal na oferta, mas com perspectiva de melhores valores nas exportações, em comparação com anos anteriores”, conclui o analista.
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