Resumo da notícia
- O Ibama autorizou a captura e comercialização legal de 649 pirarucus na Terra Indígena Vale do Javari, beneficiando comunidades indígenas em uma das áreas mais isoladas da Amazônia.
- Quatro associações indígenas receberam permissão para manejo sustentável do pirarucu, com apoio da prefeitura de Atalaia do Norte, abrangendo diversas aldeias e territórios da região.
- A autorização prevê a captura de até 51,9 toneladas do peixe, podendo gerar até R$ 415 mil para as comunidades, que também podem explorar couro, carcaça e vísceras do pirarucu.
- O manejo segue normas rigorosas, incluindo a Instrução Normativa nº 34/2004 e a CITES, garantindo a conservação da espécie e promovendo uma fonte sustentável de renda para a população local.
Resumo gerado pela redação.
O Ibama autorizou a captura e comercialização legal do pirarucu (Arapaima gigas) na Terra Indígena Vale do Javari, localizada no extremo oeste do Amazonas. A decisão beneficia diretamente comunidades indígenas que vivem em uma das regiões mais isoladas da Amazônia.
Quatro entidades receberam autorização para realizar o manejo sustentável do peixe. São elas: Associação dos Produtores Rurais e Preservadores da Comunidade São Rafael; Associação Marubo do Médio Curuçá; Cooperativa de Preservação Etnoambiental Autônoma dos Kanamaris da Aldeia São Luiz; e Organização Geral dos Mayuruna. A prefeitura de Atalaia do Norte apoiou o processo.
As autorizações contemplam vários territórios e aldeias da região. No Rio Itacoaí, no Complexo Lacustre de São Rafael, a captura está liberada para 154 unidades do pirarucu. No Médio Javari e Médio Curuçá, que inclui aldeias como São Sebastião e Nova Página, a cota é de 90 peixes. Para o Médio Javari – Kanamari, o limite autorizado é de 191 unidades. E no Rio Pardo, Baixo e Médio Rio Curuçá, e Médio Javari, as aldeias Nova Esperança, Bela Vista e outras podem capturar 216 pirarucus em 51 lagos.
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Ao todo, o Ibama autorizou a captura de 649 pirarucus, com peso estimado em 51,9 toneladas. Esse manejo sustentável pode gerar até R$ 415 mil para as comunidades indígenas. Além da carne, as comunidades podem explorar comercialmente o couro, a carcaça e as vísceras do peixe.
Essa atividade tem base legal sólida. O manejo do pirarucu obedece a normas como a Instrução Normativa nº 34/2004, que determina tamanho mínimo e período de defeso reprodutivo, e outras regulações estaduais e federais. O peixe está listado no Anexo II da Convenção CITES, o que limita o comércio internacional e reforça a proteção da espécie.
A iniciativa fortalece a conservação da biodiversidade e oferece uma fonte sustentável de renda para as comunidades indígenas do Vale do Javari. Comprar pirarucu legal e manejado de forma sustentável ajuda a preservar a floresta e apoia diretamente quem vive e protege a Amazônia.
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