Projeto apoiado pela Petrobras une limpeza, cultivo de algas e desenvolvimento sustentável no litoral do Rio Grande do Norte

No Dia Mundial de Limpeza dos Rios e Oceanos (Cleanup Day), o projeto Algimare promoveu um mutirão para limpeza do rio Aratuá, em Galinhos (RN). A ação uniu equipes do Centro AMA-GOA de Cultura e Meio Ambiente e da EMPARN. O mutirão contou ainda com apoio da Colônia de Pescadores Z-30, Prefeitura de Galinhos e patrocínio da Petrobras, parceira que aprovou o projeto no seu edital Socioambiental.

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O Algimare aposta na algicultura, o cultivo de algas marinhas, como motor de geração de renda para comunidades de marisqueiras e pescadoras da região. Além disso, o projeto atua na preservação ambiental, com foco na recuperação dos ecossistemas locais.

A iniciativa pretende implantar duas unidades de cultivo da macroalga Gracilaria birdiae nas áreas de manguezal e braço de mar nas comunidades de Diogo Lopes, em Macau, e Galinhos. As unidades serão protegidas por costões arenosos e manguezais, ambientes propícios para o crescimento da alga.

Sobre o projeto Algimare

O projeto, desenvolvido pela EMPARN em parceria com o Centro AMA-GOA, recebeu investimento de R$ 3.939.726,00 pelo Programa Socioambiental da Petrobras. O montante será destinado à produção sustentável de macroalgas no litoral norte do Rio Grande do Norte, contemplando os municípios de Macau e Galinhos.

Selecionado em 2023, o projeto aguardava a assinatura do convênio para iniciar as atividades, que terão duração prevista de três anos. A expectativa é que o investimento gere emprego e renda para a população local, incentivando a economia regional e promovendo a preservação dos recursos naturais.

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Ana Célia, pesquisadora da Unidade de Aquicultura da EMPARN, destaca que o Algimare reduzirá a colheita predatória em bancos naturais de algas, fortalecendo a conservação dos ecossistemas costeiros.

A EMPARN fornecerá as recomendações técnicas para o Centro AMA-GOA executar as ações de cultivo e experimentos com as macroalgas. Segundo Josemir Neves, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da EMPARN, a produção das algas garantirá renda para pescadoras e marisqueiras, beneficiando comunidades tradicionais das duas localidades.

Macroalgas e seus usos

As macroalgas, organismos fotossintetizantes encontrados em ambientes marinhos e de água doce, podem ser consumidas frescas ou processadas. Seus produtos servem como estabilizantes e espessantes na indústria alimentícia, além de aplicações em fármacos, cosméticos, rações, fertilizantes e biotecnologia.

Foto: ASCOM/EMPARN

O Algimare alia a conservação ambiental à produção econômica, firmando-se como exemplo de desenvolvimento sustentável no litoral do Rio Grande do Norte.