Resumo da notícia
- No Dia Mundial de Limpeza dos Rios e Oceanos, o projeto Algimare realizou mutirão no rio Aratuá, em Galinhos (RN), com apoio de diversas instituições e patrocínio da Petrobras, visando a preservação ambiental.
- O Algimare promove a algicultura para gerar renda às comunidades de marisqueiras e pescadoras, ao mesmo tempo em que trabalha na recuperação dos ecossistemas locais.
- Serão implantadas unidades de cultivo da macroalga Gracilaria birdiae em manguezais de Macau e Galinhos, protegidas por costões arenosos para garantir o crescimento sustentável da alga.
- Com investimento de quase R$ 4 milhões da Petrobras, o projeto terá duração de três anos, visando emprego, renda e conservação ambiental no litoral norte do Rio Grande do Norte.
No Dia Mundial de Limpeza dos Rios e Oceanos (Cleanup Day), o projeto Algimare promoveu um mutirão para limpeza do rio Aratuá, em Galinhos (RN). A ação uniu equipes do Centro AMA-GOA de Cultura e Meio Ambiente e da EMPARN. O mutirão contou ainda com apoio da Colônia de Pescadores Z-30, Prefeitura de Galinhos e patrocínio da Petrobras, parceira que aprovou o projeto no seu edital Socioambiental.
O Algimare aposta na algicultura, o cultivo de algas marinhas, como motor de geração de renda para comunidades de marisqueiras e pescadoras da região. Além disso, o projeto atua na preservação ambiental, com foco na recuperação dos ecossistemas locais.
A iniciativa pretende implantar duas unidades de cultivo da macroalga Gracilaria birdiae nas áreas de manguezal e braço de mar nas comunidades de Diogo Lopes, em Macau, e Galinhos. As unidades serão protegidas por costões arenosos e manguezais, ambientes propícios para o crescimento da alga.
Sobre o projeto Algimare
O projeto, desenvolvido pela EMPARN em parceria com o Centro AMA-GOA, recebeu investimento de R$ 3.939.726,00 pelo Programa Socioambiental da Petrobras. O montante será destinado à produção sustentável de macroalgas no litoral norte do Rio Grande do Norte, contemplando os municípios de Macau e Galinhos.
Selecionado em 2023, o projeto aguardava a assinatura do convênio para iniciar as atividades, que terão duração prevista de três anos. A expectativa é que o investimento gere emprego e renda para a população local, incentivando a economia regional e promovendo a preservação dos recursos naturais.
Ana Célia, pesquisadora da Unidade de Aquicultura da EMPARN, destaca que o Algimare reduzirá a colheita predatória em bancos naturais de algas, fortalecendo a conservação dos ecossistemas costeiros.
A EMPARN fornecerá as recomendações técnicas para o Centro AMA-GOA executar as ações de cultivo e experimentos com as macroalgas. Segundo Josemir Neves, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da EMPARN, a produção das algas garantirá renda para pescadoras e marisqueiras, beneficiando comunidades tradicionais das duas localidades.
Macroalgas e seus usos
As macroalgas, organismos fotossintetizantes encontrados em ambientes marinhos e de água doce, podem ser consumidas frescas ou processadas. Seus produtos servem como estabilizantes e espessantes na indústria alimentícia, além de aplicações em fármacos, cosméticos, rações, fertilizantes e biotecnologia.

O Algimare alia a conservação ambiental à produção econômica, firmando-se como exemplo de desenvolvimento sustentável no litoral do Rio Grande do Norte.