Paraná responde por quase 80% da produção nacional e consolida Região Metropolitana de Curitiba como polo da planta medicinal
Foto: Ari Dias/AEN

O Paraná consolidou sua posição como maior produtor de camomila do Brasil, respondendo por 79,5% de toda a produção nacional, segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral). Em 2024, o estado colheu 1,1 mil toneladas da planta medicinal em 2,3 mil hectares, gerando um Valor Bruto da Produção (VBP) de R$ 15 milhões.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

A cultura está concentrada em três municípios da Região Metropolitana de Curitiba: Mandirituba, São José dos Pinhais e Contenda, que juntos respondem por mais de 70% da produção estadual. A colheita da safra 2025 já foi concluída. E a comercialização acontece de forma contínua ao longo do ano, seguindo a demanda da indústria e do mercado externo.

Apesar de ter escala menor em comparação a outras culturas do agronegócio paranaense, a camomila representa uma potência econômica regional, com forte participação da agricultura familiar e alto potencial de agregação de valor na cadeia produtiva de plantas medicinais.

Grãos avançam com boas condições climáticas

Enquanto a camomila já encerrou sua safra, outras culturas seguem em ritmo acelerado no campo. O plantio da soja 2025/26 atingiu 52% da área prevista de 5,77 milhões de hectares, impulsionado pelas chuvas das últimas semanas, conforme o Boletim Semanal do Deral.

O milho de primeira safra está praticamente concluído, com 94% da área de 333 mil hectares já semeada. As lavouras apresentam boas condições de desenvolvimento.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

A fruticultura paranaense registrou VBP de R$ 3,9 bilhões em 2024, com 1,3 milhão de toneladas colhidas em 53,8 mil hectares. A citricultura lidera o segmento, respondendo por mais da metade da área e da produção, além de 39% do valor total da atividade.

Laranja, morango, uva, goiaba e banana concentraram mais de 70% do VBP estadual da fruticultura, reforçando a diversidade e a capacidade de geração de renda do setor.

Erva-mate mantém tradição e relevância econômica

Símbolo da cultura paranaense, a erva-mate movimentou R$ 1,2 bilhão em 2024, representando 0,67% da agricultura estadual. No Sul do Paraná, a cultura tem importância ainda maior: em Cruz Machado, corresponde a 25% da riqueza agrícola local . Enquanto em São Mateus do Sul e Bituruna representa cerca de 18%.

O Deral destaca o peso cultural e histórico da erva-mate, fortemente associada à identidade regional e à agricultura familiar.

Suinocultura e pecuária em alta

O custo médio de produção na suinocultura paranaense subiu 0,7% em setembro, chegando a R$ 5,77 por quilo vivo, segundo a Embrapa Suínos e Aves. Apesar da alta, o Paraná mantém o segundo menor custo entre os principais estados produtores, garantindo competitividade no setor.

Na pecuária de corte, o Brasil bateu recorde de exportações de carne bovina em setembro, com 348 mil toneladas embarcadas. Volume 15% superior ao acumulado de 2024. A demanda da China e de Hong Kong impulsionou os embarques.