O preço do milho registrou alta expressiva na última semana em diversas regiões acompanhadas pelo Cepea. Ou seja, a menor oferta no mercado spot e a maior procura impulsionam a valorização. Segundo pesquisadores do Cepea, vendedores recuam das negociações do milho, aguardando novas altas.
Consumidores, por outro lado, enfrentam dificuldades para recompor estoques devido aos preços elevados. No campo, a colheita da safra de verão avança com o clima seco e quente. Dados da Conab mostram que, até 16 de fevereiro, 21,1% da área foi colhida, avanço de 7,8 pontos percentuais na semana. O índice se aproxima dos 21,4% registrados no mesmo período de 2023.
Produtores de soja priorizam colheita e evitam grandes negociações
Os produtores brasileiros de soja estão focados na colheita e seguem afastados das negociações no mercado spot. Muitos evitam vender grandes volumes neste momento. Segundo o Cepea, a incerteza sobre os preços para as próximas semanas preocupa o setor. O clima adverso na Argentina e no Paraguai pode reduzir a oferta desses países e favorecer as vendas do Brasil.
Enquanto isso, compradores monitoram o mercado e adotam uma postura cautelosa. Para suprir necessidades imediatas, adquirem apenas pequenos volumes. A expectativa é que a safra recorde brasileira traga melhores oportunidades de negócios nos próximos dias.
Feijão: preços caem, mas grãos de qualidade seguem valorizados
O mercado de feijão carioca opera em extremos. Lotes comerciais registram queda nos preços devido ao alto volume de oferta e à qualidade inferior dos grãos. Já os feijões de melhor classificação seguem valorizados, refletindo a escassez no mercado.
No segmento do feijão preto, produtores tentam manter os preços, mas a demanda enfraquecida impede uma recuperação consistente. A colheita da primeira safra avança nas principais regiões produtoras. Segundo a Conab, até 17 de fevereiro, 52,1% da área plantada já foi colhida no Brasil.
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