A experiência de saborear um alimento vai muito além do paladar. Por trás da suculência de uma linguiça, do aroma de um prato preparado ou da textura de um produto pronto para consumo, há um trabalho rigoroso realizado por especialistas altamente treinados. Esses profissionais são os Mestres Sensoriais, responsáveis por garantir que cada item chegue ao consumidor com excelência de sabor, textura, aroma, aparência e praticidade. Pioneira no Brasil na formação desses profissionais, a Seara mantém um programa estruturado em Ciência Sensorial que já capacitou centenas de especialistas em suas unidades.
Com um portfólio que ultrapassa os 700 produtos no país, a Seara realiza análises sensoriais diárias em seus laboratórios dedicados. Cada Mestre Sensorial pode avaliar até 15 itens por dia, observando aspectos que vão da facilidade de abertura da embalagem ao equilíbrio de temperos, passando pela suculência e pela coloração final do alimento. O objetivo é entregar uma experiência completa ao consumidor.
A rotina de um Mestre Sensorial: ciência, precisão e sensibilidade
Rosane Souza, a mais experiente entre os Mestres Sensoriais da Seara, atua há 25 anos na empresa e acompanha o programa desde sua criação. Ela trabalha atualmente na unidade de Duque de Caxias (RJ), onde lidera testes voltados para as linhas de linguiças de churrasco. Seu dia começa com a preparação do ambiente e das amostras, seguindo critérios técnicos rigorosos. A quantidade de gomos a serem cortados, a temperatura de preparo e até o tempo de descanso do produto. Todos esses passos são controlados para garantir precisão nas análises.

“Nosso trabalho é muito semelhante à percepção do consumidor. Estamos presentes em cada etapa de aprovação de um produto, utilizando todos os nossos sentidos para garantir que ele esteja perfeito”, explica Rosane. “A missão é assegurar que o produto seja visualmente atrativo, fácil de manusear e saboroso. Garantindo uma experiência satisfatória e coerente com a proposta da marca”.
As análises são feitas em conjunto com as equipes de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), com o objetivo de ajustar formulações, testar variações de ingredientes e aprimorar receitas. Além do sabor, fatores como aroma, textura e até o som produzido por produtos crocantes fazem parte da avaliação. Para isso, os profissionais são treinados para utilizar olfato, paladar, visão, tato e audição de forma técnica e padronizada.
Formação especializada e atuação estratégica
Para formar esses especialistas, a Seara mantém, desde 2019, a Academia de Mestres Sensoriais, iniciativa pioneira no setor alimentício brasileiro. Em cinco anos, a Seara capacitou cerca de 370 profissionais em Ciência Sensorial, área que estuda como os sentidos humanos percebem e interpretam os atributos dos alimentos.
A formação ocorre em módulos de uma semana, conduzidos por uma equipe técnica multidisciplinar composta por quase 10 cientistas sensoriais — entre eles, um chef de cozinha. Os participantes são submetidos a testes de aptidão, nos quais devem demonstrar capacidade para perceber nuances de sabor, aroma e textura. Após aprovados, os mestres passam por programas anuais de reciclagem para manter o alto padrão de análise.
“A Ciência Sensorial é o coração do nosso compromisso com a excelência. Na Seara, investimos em programas inovadores, como o dos Mestres Sensoriais, para garantir que cada produto ofereça uma experiência completa e memorável”, afirma Luciara Rech Peil, diretora-executiva de Inovação e P&D da Seara. Segundo ela, a atuação desses profissionais é fundamental para manter a consistência e a qualidade dos produtos da marca em um mercado cada vez mais competitivo.
A ciência por trás do sabor: mais do que degustação
A atividade do Mestre Sensorial vai além do simples ato de provar alimentos. Trata-se de um trabalho técnico, que envolve conhecimentos em estatística, bioquímica, biologia e psicologia do consumo. A análise sensorial não apenas assegura a qualidade, mas também antecipa tendências e guia decisões estratégicas da indústria alimentícia.
Entre os objetivos do programa, estão a padronização da percepção dos atributos sensoriais, a validação de novos produtos e a identificação de melhorias nas linhas já existentes. Cada parecer emitido por esses especialistas contribui para garantir que o consumidor receba um alimento que atenda, com precisão, às suas expectativas.
Qualidade sensorial como diferencial competitivo
O trabalho dos Mestres Sensoriais da Seara se destaca por aliar ciência, inovação e paixão. Ao identificar e preservar as características sensoriais dos produtos, esses profissionais atuam como guardiões da qualidade e ajudam a consolidar a marca como referência no setor de alimentos. Em tempos de consumidores mais exigentes e atentos à experiência de consumo, a atuação dos degustadores técnicos é um diferencial competitivo que reforça o compromisso da empresa com a excelência.
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