A Câmara Técnica Setorial de Olivicultura, criada no final de 2024 pelo Governo de Minas Gerais, iniciou um diagnóstico da atividade no estado. Um questionário online, baseado em um modelo já aplicado a produtores de cachaça, está disponível para coleta de dados.
As informações ajudarão a equipe, formada por representantes de 16 instituições públicas e da sociedade civil, a propor políticas públicas para impulsionar o setor. Pedro Moura, coordenador do Programa de Pesquisa em Olivicultura da Epamig, destaca: “A Câmara Técnica aproxima a cadeia produtiva do governo, buscando ações mais assertivas.”
A Assoolive, representada pelo presidente Moacir Batista do Nascimento Filho, coordena a Câmara. “Precisamos consolidar dados sobre olivicultores e área plantada em Minas e no Sudeste. Temos projeções de 150 produtores no estado e 200 na região. A Câmara unirá a cadeia e oficializará essas informações”, afirma Moacir.
Paula Braga, relatora da Câmara e servidora do IMA, ressalta que o mapeamento é a primeira ação concreta do grupo. “Trabalhamos quatro meses na elaboração do questionário, lançado durante a Festa do Azeite Novo, em Maria da Fé.”
Segundo Paula, o objetivo é fortalecer a olivicultura no estado, reunindo entidades para apoiar o setor em pesquisas, questões tributárias e outras demandas.
Instituições participantes
Além da Epamig, IMA e Assoolive, integram a Câmara:
- Secretarias de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa)
- Desenvolvimento Econômico (Sede)
- Cultura e Turismo (Secult)
- Emater-MG, Embrapa, Sebrae-MG
- Federações da Agricultura e Trabalhadores Rurais
- Conselhos e Sociedades de Engenharia Agronômica e Florestal
Perspectivas
Em 2025, a produção de azeitonas e azeites na Serra da Mantiqueira foi menor devido a fatores climáticos e à bienalidade da cultura. Para 2026, a expectativa é de recuperação. Pedro Moura explica: “Com a bienalidade e mais horas de frio este ano, esperamos uma safra alta em 2026.”
Moacir Batista concorda: “O clima em 2025 deve ser mais regular, favorecendo a floração. Em 2026, teremos mais frutos e azeites de qualidade elevada.” Este mapeamento será fundamental para orientar políticas públicas e impulsionar a olivicultura mineira.
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