Santa Catarina está em alerta após a identificação de um caso suspeito de gripe aviária (Influenza Aviária H5N1) em uma granja comercial localizada em Ipumirim, no Oeste do estado. A informação foi confirmada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e pela prefeitura local em 19 de maio de 2025. Como medida de precaução, o governo catarinense proibiu a entrada de aves vivas e ovos férteis provenientes de 12 municípios do Rio Grande do Sul, conforme nota técnica divulgada pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc).
A restrição atinge os seguintes municípios gaúchos:
- Cachoeirinha
- Canoas
- Capela Santana
- Esteio
- Gravataí
- Montenegro
- Nova Santa Rita
- Novo Hamburgo
- Portão
- São Leopoldo
- Sapucaia do Sul
- Triunfo
Segundo a Cidasc, está autorizada a entrada em Santa Catarina de produtos de origem animal de aves oriundos do Rio Grande do Sul, exceto ovos comerciais provenientes dos municípios citados, que compõem a zona de contenção do foco.
Medidas de prevenção e contenção
A decisão do governo catarinense segue as diretrizes do Plano Nacional de Contingência para Influenza Aviária, elaborado pelo MAPA. O objetivo é conter a disseminação do vírus H5N1, proteger a produção avícola e garantir a segurança alimentar.
Orientações para produtores e população:
- Reforço na biosseguridade: produtores devem intensificar as medidas de controle sanitário e restringir o acesso de pessoas externas às granjas.
- Notificação imediata: qualquer ocorrência de aves com sintomas como dificuldade respiratória, secreção ocular, andar cambaleante, torcicolo, movimentos circulares ou mortalidade súbita deve ser comunicada à Cidasc.
- Evitar manipulação: as pessoas não devem manipular aves mortas ou com sinais clínicos sem orientação técnica.
Segurança no consumo
O Ministério da Agricultura reforça que a gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carne de frango ou ovos devidamente inspecionados. A população pode consumir esses produtos com segurança, conforme nota oficial do MAPA e da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O vírus Influenza Aviária H5N1 é altamente patogênico para aves, com rápida disseminação e alta mortalidade. Embora o risco de transmissão para humanos seja baixo, pessoas com contato direto e intenso com aves infectadas ainda podem contrair a doença. Pesquisadores identificaram o subtipo H5N1 pela primeira vez em 1996, na China, e desde então órgãos como a Organização Mundial de Saúde Animal (WOAH) e a Embrapa monitoram sua disseminação em escala global.
O secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Carlos Chiodini, destacou a importância da colaboração de todos: “Santa Catarina é o segundo maior exportador de carne de frango do Brasil, graças à implementação das normas de biosseguridade e ao trabalho da defesa sanitária. Estamos vigilantes e reforçando todas as medidas para impedir a entrada dessa doença em Santa Catarina. Precisamos que cada um faça sua parte.”
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