O agronegócio brasileiro mantém sua posição de destaque na economia nacional em 2024. Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) mostram um superávit de US$ 74,5 bilhões na balança comercial, com US$ 337 bilhões em exportações e US$ 262,5 bilhões em importações.
A modernização do campo impulsiona esse crescimento. Tecnologias como agricultura de precisão, automação de máquinas e análise de dados em tempo real já fazem parte do cotidiano dos produtores rurais. O avanço tecnológico coloca o Brasil como o maior mercado de agtechs da América Latina.
Para que a inovação continue, o acesso a equipamentos modernos é fundamental. Nesse cenário, a importação estratégica ganha força, especialmente com o regime ex-tarifário. Esse mecanismo reduz ou zera o Imposto de Importação sobre bens de capital e tecnologia sem similar nacional.
O ex-tarifário facilita a aquisição de tratores, colheitadeiras, sensores e drones agrícolas a preços mais acessíveis. A isenção tributária estimula a produtividade e aumenta a competitividade dos produtores rurais.
Investimento em tecnologia de ponta
Segundo Andreia de Jesus Pedrosa, CEO da Linkmex, o ex-tarifário é uma alavanca estratégica para o investimento em tecnologia de ponta. “Isso não só impulsiona a produtividade, mas também eleva o nível de inovação do agronegócio brasileiro como um todo”, afirma.

Além da agricultura de precisão, o ex-tarifário beneficia setores como logística e energia renovável. Armazéns inteligentes, sistemas de transporte de grãos e máquinas para produção de biocombustíveis são exemplos de investimentos viabilizados pela medida.
Para obter o benefício, o produtor deve identificar o equipamento, comprovar a ausência de similar nacional e classificar o item na Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM). O pedido é apresentado ao MDIC, acompanhado de justificativa técnica detalhada.
O resultado é a redução significativa dos custos de importação e a ampliação do acesso à tecnologia no campo. Para Andreia, o ex-tarifário pode transformar a realidade dos produtores de todos os portes. “Com planejamento e orientação especializada, o ex-tarifário deixa de ser uma burocracia e vira uma vantagem real no campo”, conclui.
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