Resumo da notícia
- O peixe panga, originário do Vietnã, tem ganhado espaço no Brasil devido à carne branca, sabor suave, ausência de espinhas e alto rendimento de filé, atraindo consumidores e produtores.
- A produção nacional cresce, com destaque para o Nordeste, que registrou aumento de 74% em 2024, e a inauguração do primeiro frigorífico exclusivo para panga em São Paulo.
- A criação do panga é eficiente, pois permite cultivo em alta densidade graças à respiração aérea, aumentando a produção sem necessidade de novos viveiros.
- Desafios como falta de regulamentação específica, baixa indústria de processamento no Nordeste e consumo reduzido de peixe no Brasil limitam a expansão, mas a demanda por alimentos saudáveis pode impulsionar o mercado.
Resumo gerado pela redação.
O peixe panga, originário do Vietnã, tem conquistado espaço no mercado brasileiro nos últimos anos. Conhecido por sua carne branca, sabor suave e ausência de espinhas, ele se tornou uma opção atraente tanto para consumidores quanto para produtores.
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Com alto rendimento de filé – cerca de 40% a mais que outras espécies – e capacidade de ser cultivado em alta densidade, o panga surge como uma alternativa viável para impulsionar a piscicultura nacional.
Por que ele se destaca?
- Carne branca e sem espinhas: facilita o processamento e atrai consumidores que buscam praticidade.
- Sabor suave e textura firme: versátil na culinária, adaptando-se bem a diversos pratos.
- Alto rendimento de filé: chega a 40% a mais em comparação a outras espécies, aumentando a lucratividade.
- Respiração aérea: pode ser cultivado em alta densidade, triplicando a produção sem a necessidade de novos viveiros.
- Rico em ômega-3: atende à demanda por alimentos saudáveis .
Produção
Apesar de ainda depender de importações, o Brasil começa a estruturar sua produção. O primeiro frigorífico exclusivo para o panga nas Américas foi inaugurado em Mococa, São Paulo, com capacidade para movimentar R$ 300 milhões por ano. Enquanto isso, estados como o Maranhão já registram crescimento de 74% na produção em 2024, mostrando o potencial da espécie no Nordeste.
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No entanto, o setor enfrenta desafios. A falta de regulamentação específica pelo Ibama e a carência de indústrias de processamento no Nordeste limitam a expansão. Além disso, o consumo de peixe no Brasil ainda é baixo – menos de 5 kg por pessoa ao ano –, mas a tendência por alimentos saudáveis pode impulsionar a demanda.
Com investimentos e políticas adequadas, o panga pode se consolidar como uma das principais espécies da aquicultura brasileira, reduzindo a dependência de importações e abrindo novas oportunidades para produtores e comerciantes. O caminho está traçado, e o futuro desse peixe no país parece promissor.
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