Resumo da notícia
- A VICTAM LatAm 2025 reúne 8 mil profissionais no Expo Center Norte para debater inovações em nutrição animal, tecnologia e sustentabilidade, com 200 expositores e 350 marcas de 30 países latino-americanos.
- O Brasil consolida-se como terceira maior potência mundial em nutrição animal, com produção projetada de 94 milhões de toneladas de ração em 2025 e setor que movimenta R$ 160 bilhões anuais.
- Desafios como custos elevados, instabilidade climática e exigências globais de sustentabilidade pressionam a indústria, demandando resiliência e gestão eficiente para manter competitividade.
- Investimentos em tecnologias avançadas e diversificação de ingredientes são essenciais para reduzir custos, aumentar eficiência e garantir a qualidade das rações, base para as exportações bilionárias de proteína animal.
O Brasil reforça posição como potência mundial em nutrição animal. A produção nacional de rações deve atingir 94 milhões de toneladas em 2025. O crescimento de 3% consolida o país como terceiro maior produtor global do setor.
A indústria brasileira movimenta R$ 160 bilhões anuais. Esses recursos alimentam cadeias produtivas estratégicas para as exportações nacionais. O setor sustenta a liderança brasileira mundial em proteína animal.
A VICTAM LatAm 2025 apresenta inovações mundiais para nutrição animal. O evento acontece entre 16 e 18 de setembro no Expo Center Norte. A feira internacional reúne tecnologia, equipamentos e avanços em formulações.
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A segunda edição recebe 200 expositores e 350 marcas especializadas. A organização projeta 8 mil visitantes de 30 países latino-americanos. O credenciamento para profissionais é gratuito via site oficial.
Gigantes como Evonik e DSM-Firmenich trazem novidades globais. A programação oferece mais de 80 horas de conteúdo técnico. Palestras, seminários e workshops abordam tendências do mercado mundial.
Desafios crescem junto com oportunidades de mercado
A expansão do setor enfrenta obstáculos estruturais. Custos elevados pressionam margens de lucro das empresas. Instabilidade climática impacta disponibilidade e preços de matérias-primas.

Reformas tributárias criam incertezas para planejamento empresarial. Mercados compradores exigem padrões crescentes de sustentabilidade. Europa e Ásia impõem regras distintas para importação de proteína animal.
“Precisamos combinar resiliência com gestão de custos”, avalia Ariovaldo Zani, CEO do Sindirações. O executivo destaca volatilidade dos preços de milho e soja. Agenda do carbono adiciona complexidade ao cenário empresarial.
Adaptação tecnológica define competitividade futura
As empresas precisam investir rapidamente em novas tecnologias. Formulações mais eficientes reduzem custos operacionais. Maior eficiência energética torna-se requisito básico de competitividade.
A diversificação de ingredientes alternativos acelera no setor. Coprodutos da agroindústria ganham relevância estratégica. Etanol de milho exemplifica aproveitamento inovador de subprodutos.
“Não basta crescer em volume”, reforça Zani sobre sustentabilidade empresarial. O executivo destaca necessidade de garantir previsibilidade operacional. Redução de riscos mantém protagonismo brasileiro no mercado mundial.
Qualidade da nutrição animal impacta exportações bilionárias
As exportações brasileiras de proteína animal dependem da qualidade das rações. O país faturou US$ 26 bilhões em 2024 com vendas externas. Carne de frango liderou com 5,3 toneladas exportadas.
“Eventos como a VICTAM LatAm conectam ciência e prática produtiva, fomentando o desenvolvimento de novas tecnologias no âmbito das demandas atuais para apoiar a eficiência alimentar. Esses fatores são decisivos para manter a competitividade do Brasil nos mercados internacionais, sobretudo diante de pressões ambientais e sociais”, afirma Ricardo Santin, presidente da ABPA. Ele lembra que a Europa impõe regras cada vez mais rigorosas em relação a rastreabilidade e a sustentabilidade, enquanto que a Ásia mantém a demanda crescente por proteína animal. “Estar preparado para atender esses dois extremos é o grande desafio do setor”, resume.