Resumo da notícia
- O sulfato de amônio lidera as importações de fertilizantes no Brasil, superando a ureia devido a preços altos e condições comerciais desfavoráveis.
- Produtos menos concentrados, como o sulfato de amônio, exigem maior volume para fornecer nutrientes, aumentando a movimentação nos portos.
- A demanda pela safrinha de milho mantém as importações aquecidas, já que a cultura requer altos níveis de nitrogênio.
- Mercado acompanha se o sulfato de amônio manterá a liderança ou se a ureia retomará espaço até o final de 2025.
O sulfato de amônio assume a liderança nas importações de fertilizantes no Brasil. A alta nos preços e as condições desfavoráveis de comércio forçam os importadores a buscarem alternativas mais baratas e menos concentradas.
De acordo com um relatório da StoneX, empresa global de serviços financeiros, o volume de sulfato de amônio (SAM) que chega aos portos brasileiros, principalmente em Santos e Paranaguá, supera agora o da ureia. O analista de inteligência de mercado Tomás Pernías confirma a tendência. “A necessidade de nitrogenados está sendo atendida por esses produtos de menor concentração”, explica.
Esta escolha, no entanto, tem um efeito colateral. Produtos menos concentrados exigem um volume maior em toneladas para fornecer a mesma quantidade de nutrientes. Consequentemente, a movimentação total de fertilizantes nos portos aumenta consideravelmente.
- Avanço do greening obriga citricultura brasileira a investir em inovação e manejo sustentável
- Monitoramento em tempo real do nitrogênio pode poupar até R$ 1 bilhão
A expectativa do mercado é de que as importações permaneçam aquecidas para suprir a demanda da safrinha de milho. A cultura exige altos níveis de nitrogênio. A grande questão agora é saber se o sulfato de amônio manterá sua posição de liderança ou se a ureia recuperará espaço até o final de 2025.