BNDES reduz tempo de análise de 60 para 18 dias e prioriza setores como café, açúcar e equipamentos elétricos para exportação a outros países.
CNA. Foto: Wenderson Araujo/Trilux/Sistema CNA/Senar

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou R$ 1,6 bilhão em crédito para ajudar empresas brasileiras afetadas pelas altas tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos. O objetivo principal é financiar a busca por novos mercados internacionais.

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A medida é uma resposta ágil à tarifa de 50% que o governo americano, sob o então presidente Donald Trump, aplicou a cerca de 3,8 mil produtos brasileiros a partir de 6 de agosto. Apesar de uma lista de isenções para quase 700 itens, setores importantes da pauta de exportação permaneceram sob a sobretaxa.

Aceleração nos processos

O banco encerrou a análise e aprovou os projetos em um tempo recorde. Enquanto o processo habitual no BNDES leva até 60 dias, as operações do “Plano Brasil Soberano” obtiveram aval em uma média de apenas 18 dias.

Os R$ 1,6 bilhão financiaram 47 operações na linha Giro Diversificação. Os setores que mais receberam recursos foram:

  • Açúcar: R$ 220 milhões
  • Outros alimentos: R$ 249,7 milhões
  • Equipamentos elétricos: R$ 191,1 milhões
  • Café: R$ 108,9 milhões
  • Utensílios: R$ 79,5 milhões

As exportações financiadas terão como destino países como Suíça, Reino Unido, Canadá, França, Argentina, Chile, Bolívia e Uruguai, entre outros.

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O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que a agilidade reflete o empenho da equipe em atender à determinação do presidente Lula de não deixar nenhuma empresa para trás. Mercadante também informou que o banco analisa outras 66 operações na mesma linha, que somam mais R$ 2 bilhões em projetos.