Resumo da notícia
- A vassoura-de-bruxa da mandioca atinge 10 municípios do Amapá, o norte do Pará e territórios indígenas, levando o governo a declarar emergência fitossanitária nos estados devido ao risco de surto.
- O fungo Rhizoctonia theobromae compromete a segurança alimentar ao destruir plantações, motivando a Embrapa a criar uma página online com dados técnicos e orientações para controle da doença.
- A plataforma digital oferece mapa interativo, sintomas, recomendações de manejo e materiais oficiais para apoiar produtores, técnicos e gestores na tomada de decisões rápidas e coordenadas.
- O Centro de Operações de Emergência da Embrapa coordena ações integradas com instituições e atenção especial às comunidades indígenas, reforçando a importância do manejo baseado em ciência para conter a praga.
A vassoura-de-bruxa da mandioca já atinge 10 dos 16 municípios do Amapá. Além disso, a doença alcançou o norte do Pará e territórios indígenas sensíveis. Entre as áreas afetadas, estão Oiapoque e o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque. Por isso, o governo declarou emergência fitossanitária nos dois estados. O Ministério da Agricultura e Pecuária declarou emergência devido ao risco de surto.
O fungo Rhizoctonia theobromae destruiu roças e comprometeu a segurança alimentar. Diante desse avanço, a Embrapa lançou uma página temática exclusiva na internet. A ferramenta reúne dados técnicos, documentos oficiais e orientações de controle. O portal atende produtores, técnicos e gestores públicos. Assim, apoia decisões rápidas e medidas coordenadas contra a doença.
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O ambiente virtual traz um mapa digital interativo e atualizado. Nele, o usuário acompanha a dispersão do fungo em tempo real. Além disso, a página apresenta sintomas iniciais e avançados da doença. Também orienta a identificação correta no campo. O site detalha recomendações práticas para evitar novas infecções. Por fim, reúne estratégias de manejo preventivo e corretivo.
O ambiente reúne portarias, notas técnicas e manuais oficiais. Com isso, gestores acessam rapidamente as normas em vigor. A página também disponibiliza vídeos de workshops e materiais educativos. Além disso, responde às perguntas mais frequentes dos produtores.
Base técnica e científica
A equipe da Embrapa Mandioca e Fruticultura desenvolveu o conteúdo. O trabalho conta com apoio da Embrapa Amapá e da Assessoria de Comunicação. O chefe-geral Francisco Laranjeira coordena o projeto institucional.
Segundo ele, a página amplia o acesso à informação qualificada. Laranjeira afirma que a doença tem alto potencial destrutivo. Por isso, defende decisões baseadas na ciência.
O pesquisador ressalta a importância do manejo integrado. Além disso, destaca atualizações contínuas sobre o avanço da praga. Laranjeira também coordena o Centro de Operações de Emergência da Embrapa. A unidade integra esforços de resposta ao surto.
O Centro reúne instituições sob coordenação do Ministério da Agricultura. Assim, promove diálogo técnico e ações integradas. O grupo discute pesquisa, assistência e proteção às comunidades afetadas. Nesse contexto, povos indígenas recebem atenção especial.
O analista Jackson de Araújo dos Santos integra a equipe em campo. Ele atua diretamente nas comunidades atingidas. Segundo Santos, a plataforma agiliza o acesso às informações técnicas. Além disso, facilita orientações seguras sobre a doença.
O Ministério classifica a praga como quarentenária presente. Isso significa que o país controla oficialmente sua propagação. A doença se dispersa por mudas doentes e ferramentas contaminadas. Além disso, água e solo podem transportar o fungo. O nome científico atual é Ceratobasidium theobromae. No entanto, o órgão oficial mantém a classificação anterior.
A praga não tem relação com a vassoura-de-bruxa do cacaueiro.Embora tenha nome semelhante, trata-se de outra doença. A confirmação ocorreu em julho de 2024, no Amapá. Até então, não havia registro na América do Sul. Com isso, especialistas reforçam a vigilância sanitária. A prevenção agora se tornou prioridade nacional.