A colheita da soja e do milho em Santa Catarina foi concluída na safra 2023/2024, com uma produção total de 2,26 milhões de toneladas de milho e 2,75 milhões de toneladas de soja. No entanto, a safra foi menor do que a registrada na safra anterior, com uma queda de 21,8% no milho e 8,1% na soja.
A redução na produção de milho foi causada por uma diminuição de 8,7% na área plantada e problemas climáticos que afetaram a produtividade. Enquanto na safra 2022/2023 a produtividade do milho, no Estado, atingiu a média de 8,3 toneladas por hectare, na safra 2023/2024 esse volume foi de aproximadamente 7 toneladas por hectare, uma redução de quase 15,2%.
Área plantada
No caso da soja, a área plantada cresceu 2,5%, mas a produtividade da primeira safra diminuiu. Conforme os dados disponíveis no Observatório Agro Catarinense, na média, a produtividade da soja, na safra 2023/2024, ficou em aproximadamente 3,4 toneladas por hectare.
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Na safra 2022/2023 a produtividade média registrada foi de quase 3,8 toneladas por hectare. Com isso, a produção total na safra catarinense recém encerrada ficou em 2,75 milhões de toneladas.
O preço médio pago ao produtor catarinense pela saca de milho foi de R$57,97 para a saca de 60 quilos. Embora isso represente um pequeno recuo em relação ao mês anterior, está acima do registrado no mesmo período do ano passado.
Variação negativa
No entanto, conforme explica Haroldo Tavares Elias, analista da Epagri/Cepa, no acumulado do ano de 2024 a variação do preço pago ao produtor para o milho é negativa. “O cultivo do milho no Estado enfrenta sérios desafios devido à alta incidência da cigarrinha-do-milho, ao elevado custo de produção e aos preços insatisfatórios recebidos pelos produtores”, afirma.
O preço médio pago ao produtor pela saca de soja, por outro lado, tem mantido a tendência de recuperação diante dos preços registrados no início do ano.
Em junho, o valor médio da saca de 60 quilos foi de R$125,90. Isso representa um crescimento de 2,7% na comparação com o mês anterior. No entanto, no início de julho houve queda das cotações em função da movimentação dos fundos de investimentos, do dólar e das condições das lavouras dos Estados Unidos, que atuam de maneira importante nas cotações internacionais (Bolsa de Chicago), as quais refletem no mercado interno.