Os preços do arroz em casca no Rio Grande do Sul seguem estáveis, impulsionados pela oferta limitada, segundo levantamento do Cepea. Além disso, as indústrias relatam dificuldades em pagar os valores exigidos pelos produtores, o que reduz o volume de negociações. As transações são pontuais e focam em atender necessidades imediatas de ambos os lados.
O Cepea destaca que a preferência das indústrias é negociar o arroz já armazenado, devido ao impasse entre compradores e vendedores. Além disso, a demanda maior por arroz com mais de 60% de grãos inteiros tem limitado a comercialização de matéria-prima com 58% de grãos inteiros, concentrando o interesse em rendimentos superiores.
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Ministro aponta preços altos do arroz
O Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, afirmou que o preço do arroz no Brasil ainda está elevado para o consumidor e precisa ser reduzido. A declaração ocorreu durante a visita do ministro à feira Expointer, em Esteio (RS), na última sexta-feira (30/8).
Teixeira anunciou que o governo deve realizar uma nova reunião com a cadeia produtiva do arroz para discutir soluções. Ele também mencionou um aumento previsto na produção de arroz, tanto no Rio Grande do Sul quanto no Centro-Oeste, impulsionado pelo lançamento da cultivar BRS A502l. A Embrapa, que desenvolveu a variedade, recomenda o plantio em áreas de sequeiro em estados como Maranhão, Pará, Rondônia, Piauí, Goiás e Mato Grosso.
Por outro lado, o ministro descartou a possibilidade de um novo leilão de arroz importado pelo governo. A última tentativa, em junho, gerou polêmica. Além disso, resultou na demissão de Neri Geller, ex-secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, e de Thiago José dos Santos, ex-diretor de Operações e Abastecimento da Conab. O governo anulou o leilão após suspeitas de irregularidades envolvendo empresas participantes.