Em entrevista ao programa Especial de Domingo, exibido no último domingo pela GloboNews, Luciana Gatti, coord. Do Laboratório de Gases de Efeito Estufa do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), levantou questionamentos sobre os prejuízos causados pelas queimadas aos produtores de cana-de-açúcar. Durante sua fala, Gatti afirmou que o uso de fogo nas lavouras ainda é uma prática comum no setor durante a colheita.
A UNICA (União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia), entidade que representa o setor sucroalcooleiro, condenou veementemente as declarações de Gatti. Em comunicado, a UNICA solicitou direito de resposta à GloboNews, o qual foi concedido e exibido no programa GloboNews Mais do dia 16.
“É lamentável que uma pessoa, desconhecendo a realidade do plantio e manejo da cana-de-açúcar, venha a público disseminar inverdades sobre um setor reconhecido globalmente por suas práticas sustentáveis. E também pela redução de emissões de gases de efeito estufa”, afirmou a UNICA em nota oficial.
A repercussão do caso demonstra a preocupação do setor com a preservação de sua imagem frente à sociedade. Ressaltando o compromisso com a sustentabilidade e o cumprimento de normas ambientais rigorosas. O setor sucroalcooleiro busca se posicionar como um exemplo de boas práticas agrícolas e de mitigação dos impactos ambientais.
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Outra entidade que se manifestou contra a fala foi a Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (ORPLANA), que enviou uma nota oficial de repudio a fala, considerada irresponsável e infundada.
Leia a nota abaixo
A ORPLANA (Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil) repudia veemente a declaração feita pela coordenadora do Laboratório de Gases de Efeito Estufa do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Luciana Gatti, durante o programa Especial de Domingo, exibido pela Globo News, no dia 15 de setembro. As informações apresentadas por ela durante a reportagem sobre a ‘Crise Climática: Fogo, seca e calor atingem o Brasil’ são falsas e infundadas. Demonstram, inclusive, profundo desconhecimento sobre o tema.
Com a máxima ênfase, a ORPLANA reitera que toda a cadeia de produção da cana-de-açúcar está firmemente comprometida com a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente. Este compromisso é evidenciado pelo rigoroso cumprimento das diretrizes estabelecidas pelo Protocolo Agroambiental – Etanol Mais Verde. Que inclui a proibição do uso de fogo na colheita de cana no Estado de São Paulo desde 2017.
A ORPLANA, que atualmente representa 35 associações de fornecedores de cana e mais de 12 mil produtores de cana-de-açúcar, também reafirma seu compromisso com práticas agrícolas responsáveis e ambientalmente sustentáveis.
É também de imensa irresponsabilidade, da parte da coordenadora do INPE, acusar a cadeia produtiva da cana-de-açúcar de se beneficiar em um contexto tão crítico e caótico. Uma injúria que contribui para a desinformação em um momento delicado e cujo foco deveria ser a resolução deste grave problema.
“As queimadas prejudicam o meio ambiente, a segurança das pessoas e também a rentabilidade dos produtores rurais. Toda a cadeia de produção da cana-de-açúcar está mobilizada contra os incêndios e comprometida com a preservação do meio ambiente”. Afirma o CEO da ORPLANA, José Guilherme Nogueira. “Continuaremos a trabalhar em prol da transparência, mantendo nosso foco na qualidade e sustentabilidade do setor”, conclui.