Os ministérios da Agricultura e Pecuária (Mapa), de Minas e Energia (MME) e da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) assinaram, nesta quarta-feira (5), um Acordo de Cooperação Técnica (ACT). Em resumo, o objetivo é fortalecer a integração entre agricultura irrigada e segurança energética. Além disso, a iniciativa está alinhada à Política Nacional de Irrigação (Lei nº 12.787/2013) e busca impulsionar práticas sustentáveis no setor agropecuário.
O acordo pretende superar desafios como a falta de infraestrutura energética e a baixa adoção de tecnologias modernas. Ou seja, a proposta prioriza ações compatíveis com o Plano ABC+ (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono), ampliando a produtividade e gerando empregos. O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destacou a importância do projeto para o desenvolvimento sustentável.
“Este ACT mostra que o governo tem uma estratégia clara para crescer e gerar oportunidades. Vamos expandir a agricultura irrigada de forma sustentável, promovendo inclusão socioeconômica e segurança energética”, afirmou Fávaro.
Aliança pelo Desenvolvimento Energético dos Polos e Projetos de Irrigação do Brasil
Durante o evento, os ministérios também lançaram a Aliança pelo Desenvolvimento Energético dos Polos e Projetos de Irrigação do Brasil. A iniciativa busca ampliar o acesso à energia e incentivar o uso eficiente da irrigação. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ressaltou os benefícios da medida para os agricultores.
“A Aliança garante uma ação concreta para milhões de brasileiros. Vamos levar energia robusta ao campo e incentivar práticas sustentáveis para aumentar a produtividade”, destacou Silveira.
Atualmente, o Brasil utiliza apenas 8,5 milhões de hectares para irrigação, embora o potencial estimado seja de 54 milhões de hectares, segundo estudos da Esalq/USP e do MIDR. Em geral, a ampliação do setor pode permitir até três safras anuais na mesma área, gerando até 1,2 empregos por hectare irrigado e aumentando a renda dos produtores.
Além do impacto socioeconômico, a maior oferta de alimentos no mercado tende a estabilizar e reduzir preços, beneficiando a população e reforçando a segurança alimentar. O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, ressaltou o compromisso do governo com a produção sustentável.
“Este acordo é resultado do esforço de muitas pessoas dedicadas. Ele reforça o compromisso do governo Lula com a política de irrigação, a produção sustentável e a redução das desigualdades”, afirmou Góes.
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