O uso do lúpulo está intimamente ligado à indústria cervejeira, na qual é utilizado para conferir amargor e aroma às diferentes tipos de cervejas.
Os compostos importantes do lúpulo são encontrados nas inflorescências de plantas femininas, chamadas de cones.
Nesses cones são produzidas resinas peculiares ao lúpulo, que não são encontradas em nenhuma outra espécie de plantas.
As resinas são produzidas em glândulas de lupulina presentes nos tricomas das brácteas das inflorescências.
Inflorescências de plantas femininas possuem grande quantidade de lupulina, enquanto plantas masculinas também possuem glândulas de lupulina, mas em pequena quantidade. Por esse motivo, em plantios comerciais são utilizadas somente plantas femininas.
A história do lúpulo no Brasil remonta à década de 1950, quando o austríaco Roland Hoblik começou a cultivar e vender cones para as cervejarias da época no município de Nova Petrópolis, na Serra Gaúcha.
A área plantada de lúpulo no Brasil é relativamente pequena, com apenas cerca de 20 hectares distribuídos em sete estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal.
A maioria das variedades plantadas são de origem americana e alemã, como a ‘Cascade’, ‘Centennial’, ‘Fuggle’, ‘Magnum’, ‘Hallertau’, ‘Northern Brewer’ e ‘Nugget’, todas registradas no Ministério da Agricultura.
Embora a cultura do lúpulo esteja em crescimento no Brasil, a dependência de importações permanece um desafio para o setor.
Conheça mais sobre a cultura do lúpulo em estudo produzido pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiros da Universidade de São Paulo (ESALQ/USP) – Clique aqui